sexta-feira, 25 de março de 2011

Passar a noite em claro dá prazer, mas prejudica decisões

Ficar uma noite sem dormir não deixa as pessoas apenas de mau humor. Um estudo realizado por cientistas americanos revelou que ficar acordado a noite inteira também pode levar a pessoa a estados de euforia, causando mais prazer, mas, por outro lado, prejudica sua capacidade de decisão. O estudo foi publicado esta semana na revista científica Journal of Neuroscience.

Os pesquisadores da Universidade da Califórnia em Berkeley e da Escola de Medicina de Harvard avaliaram a saúde de jovens adultos saudáveis e descobriram que o circuito do prazer é estimulado após uma noite em claro. Esse efeito, no entanto, é momentâneo.

Além disso, o estudo também revelou que esse mesmo caminho neural – que estimula a euforia e motivação - pode levar ainda a comportamentos de risco. É o que o explica o professor de psicologia e neurociência Matthew Walker, da Universidade da Califórnia.

- Quando o cérebro funciona normalmente, ele procura por pontos de equilíbrio no espectro do humor. No entanto, com a falta de sono, o cérebro oscila entre os extremos.

O objetivo do estudo, segundo Walker, é fazer um alerta para pessoas que trabalham em profissões de risco.

- Nós precisamos garantir que os profissionais que tomam decisões complexas, como médicos e pilotos de avião, durmam o suficiente. De acordo com os resultados, eu ficaria preocupado se tivesse que ser atendido numa sala de emergência por um médico que está trabalhando há 20 horas.

Os cientistas decidiram fazer o estudo após notar que pacientes com problemas de depressão se sentiam melhores após uma noite sem dormir – ao menos temporariamente. A partir disso, eles avaliaram o cérebro de 27 adultos jovens. Eles fizeram exame de ressonância magnética após metade do grupo passar a noite em claro e o restante ter tido uma boa noite de sono.

Os participantes também foram estimulados com algumas imagens, como coelhos e sorvetes, e tiveram de classificar os retratos entre neutros e positivos. Os resultados mostraram que aqueles que ficaram sem dormir deram respostas mais positivas do que os demais, ou seja, eles se sentiram mais agradados.

Segundo Walker, o que ocorre no cérebro de quem não dorme é que os comandos do planejamento e da tomada de decisões ficam desligados.


R7

Conheça a síndrome da visão do computador, que causa danos à saúde

Em casa, na rua ou no trabalho. Praticamente em todos os lugares as pessoas ficam expostas a algum tipo de tela eletrônica. E esse costume de passar muito tempo na frente do computador, do videogame e do telefone pode levar a uma doença: a síndrome da visão do computador.

Os sintomas desse problema de saúde são dores de cabeça, dores no pescoço, vista embaçada e cansaço ocular.

De acordo com o oftalmologista Leonardo Marcolino, esses sinais estão diretamente ligadas ao uso exagerados das novas tecnologias.

- Com o tempo que as pessoas passam na frente do computador, o índice de concentração faz com que elas diminuam o piscar dos olhos. Isso faz os olhos ficarem mais secos, o que traz irritações.


R7

Hipocondria pode começar em casa

Você conhece alguém que sabe tudo a respeito de doenças e medicamentos, que está sempre atualizada sobre novos exames e se sente preparada para distribuir diagnósticos para qualquer um que tiver uma reclamação de saúde? Depois de ler esta matéria, repare novamente neste comportamento: pode se tratar de um caso de hipocondria.

Diferente do que a maioria acredita o hipocondríaco não é exatamente aquele indivíduo que toma remédio para tudo e a toda hora, mas sim o que pensa frequentemente possuir algum quadro orgânico grave.

Enquanto as pessoas comuns não ligam muito para pequenas dores, desconfortos ou marquinhas na pele, as pessoas que sofrem deste mal interpretam esses fenômenos habituais de maneira particular, geralmente exagerada.

De acordo com o psiquiatra e coordenador do Programa de Atendimento a Estudos de Somatização da Unifesp, Dr. José Atílio Bombana, essas pessoas passam boa parte do tempo coçando, apalpando, analisando ou dando atenção específica ao corpo. "Eles têm um interesse exagerado pelo próprio corpo, funcionando de forma até autoerótica e autoagressiva. Sofrem com o medo de ser portadores de alguma doença importante, que está ligada a algo sério", explica.
A hipocondria

A hipocondria é um dos diagnósticos de um grupo de doenças chamado Transtornos Somatoformes de indivíduos que relatam ter sintomas que não são explicados pelas investigações médicas. "Pacientes com este tipo de transtorno tendem a ter dores e sensações que, ao serem investigadas, não apresentam alterações significantes", explica Bombana.

Os sintomas da hipocondria também se apresentam em transtornos não somatoformes, como a depressão. "A diferença é que, nestes casos, quando melhoram do quadro depressivo, deixam de acreditar que possuíam alguma outra doença", afirma.

Enquanto a somatização acontece mais com mulheres, a hipocondria acontece também entre os homens. E tende a ser crônica, com agravamento em períodos de estresse e de muita tensão.

Ainda são investigadas as causas da doença, mas um fator que colabora para o seu surgimento são as famílias que valorizam demasiadamente o corpo, impondo dietas ou treinamentos pesados. Pessoas que convivem com pais com doenças graves como diabetes ou hipertensão também têm um fator predisponente.

Consumo de medicamentos

Conforme descrito acima, a característica principal do hipocondríaco não é a de tomar medicamentos o tempo todo. Em alguns casos, são tão preocupados com a possibilidade de portarem alguma doença que deixam até mesmo de tomar alguns medicamentos prescritos pelo médico. Chegam a acreditar que a medicação pode piorar o seu quadro de saúde ou presentear-lhes com efeitos colaterais indesejados.

"Eles estão frequentemente pesquisando na internet, sabem das novidades em termos de exames e desconfiam até mesmo dos médicos, porque se sentem bastante instruídos a respeito de doenças", afirma o psiquiatra.

Relação médico x paciente

A relação entre um médico e um paciente hipocondríaco pode ser bastante difícil. "Eles tendem a procurar os médicos e a repetirem as mesmas reclamações no consultório. São detalhistas, sofredores e repetitivos. Não se convencem do que o médico fala. É preciso repetir, esmiuçar cada assunto e isso pode gerar uma relação problemática entre o profissional e o paciente", explica.

"São pacientes muito angustiados e apenas buscam alívio nas palavras dos médicos, não é proposital. Estão geralmente à procura de outros profissionais pela dificuldade em acreditar em quem já os atende", afirma Bombana.

Doenças mais comuns

As preocupações mais comuns entre os hipocondríacos são geralmente relacionadas a uma ou duas doenças principais. Problemas no sistema digestivo ou no intestino são reclamações bastante frequentes, por isso muitos iniciam dietas desnecessárias, sempre acreditando que não podem ingerir esse ou aquele alimento. Doenças do coração também são queixas comuns.

Ao deixarem o consultório sem um diagnóstico positivo, tendem a voltar para casa frustrados, com a certeza de que não foram bem investigados.

Riscos

Além da automedicação – que é sempre um perigo para qualquer indivíduo – um dos grandes riscos para pacientes hipocondríacos é se submeter desnecessariamente a procedimentos delicados.

Quando a relação com o médico entra em uma fase de desconforto, com o paciente sempre duvidando de sua palavra, não raro os profissionais vão ficando cada vez mais inseguros em não encontrar o que ele relata e acabam solicitando exames cada vez mais invasivos e até mesmo cirurgias sem necessidade.

"Outro risco bastante nocivo ao paciente é viver em função da doença, deixando de fazer as atividades do dia a dia normalmente, como ter prazer ao lado da família e de amigos, trabalhar ou viajar", afirma o psiquiatra.

Tratamento

Não existe medicação específica para o tratamento de hipocondria. Geralmente, são prescritos antidepressivos, que não curam, mas diminuem os sintomas, e ansiolíticos para reduzir a ansiedade. Para os casos mais graves, a alternativa principal é a psicoterapia.

Como ajudar?

Hipocondríacos se sentem melhor só de serem ouvidos. Para quem convive com um, a indicação é ter paciência para ouvir as reclamações, sem se deixar levar. Não é preciso ir ao médico a toda hora!

"Só de serem ouvidos, já se sentem muito melhor. E para quadros mais importantes, indicamos que ajudem o indivíduo a procurar terapia profissional", conclui o psiquiatra da Unifesp.


Albert Einstein

quarta-feira, 23 de março de 2011

Perigo no plástico

Em contato com os alimentos, algumas embalagens liberam o bisfenol-A, substância suspeita de provocar sérios estragos no organismo — de infertilidade a câncer. Não à toa, ela virou foco de acusação nos tribunais da ciência dos quatro cantos do planeta.

A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia — Regional São Paulo reuniu no final de 2010 cerca de 80 pessoas, entre médicos e autoridades públicas, para debater e divulgar informações sobre um tema preocupante: a interferência de certos componentes químicos — com destaque para o bisfenol-A — no funcionamento hormonal. O sinal de alerta soou depois que pipocaram estudos associando a substância a aborto e malformação do feto e ao desenvolvimento de doenças como endometriose, câncer de mama, infertilidade, disfunção da tireoide e até diabete.

“Presente no revestimento de latas, em embalagens e utensílios plásticos e até em alguns tipos de mamadeira, o bisfenol-A ganha o corpo pela boca e, no organismo, atua nos receptores do hormônio feminino estrogênio, simulando sua função”, esclarece a SAÚDE! a endocrinologista Marise Castro, presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem- SP). E aí, claro, o desequilíbrio se instala. Ainda não há provas definitivas para condenar os recipientes que liberam bisfenol-A. Por via das dúvidas, uma série de empresas multinacionais vem tomando providências para banir o composto potencialmente nocivo de seus produtos. “Acionistas da Coca- Cola pediram, recentemente, explicações sobre a presença da substância em suas latas. Já a Nestlé, a Heinz e a General Mills anunciaram que vão retirá-la de seu processo de fabricação no prazo de três anos”, comenta Carlos Thadeu de Oliveira, gerente de informação do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec). “Além disso, o Canadá, a Dinamarca, a França e os Estados Unidos proibiram o bisfenol-A em artigos para crianças”, acrescenta.

No Brasil, por enquanto, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) permite a liberação limite de 0,6 miligrama por quilo de material plástico. “A maioria dos experimentos que apontaram malefícios do bisfenol- A foi feita com animais por injeção subcutânea ou intravenosa”, afirma o químico Peter Rembischevski, especialista em regulação e vigilância sanitária da Anvisa. “Ainda desconhecemos as consequências em seres humanos decorrentes da administração por via oral durante a alimentação”, continua.

A grande preocupação dos especialistas é o consumo cumulativo de bisfenol-A, já que são inúmeros os alimentos disponíveis no mercado embalados com materiais que desprendem a substância. “Sem falar nos filtros de água e outros objetos”, lembra Rembischevski (veja quadro à direita). “Por esse motivo, o Idec apoia o banimento do composto até que se comprove sua inocuidade”, reforça Oliveira. Enquanto isso não acontece, cabe à população reduzir ao mínimo o contato com essa ameaça. Ficar atento a embalagens, utensílios domésticos e orientações de uso auxilia, e muito, a tarefa de prevenção.

Se o componente em questão é suspeito de fazer mal à saúde de todo mundo, existe um grupo ainda mais vulnerável aos seus efeitos danosos: o das gestantes. “O bisfenol-A se concentra cinco vezes mais no líquido amniótico da grávida”, avisa o endocrinologista Francisco D’Abronzo, da Faculdade de Medicina de Jundiaí, no interior paulista. “A substância pode prejudicar o desenvolvimento sexual dos meninos, provocando malformação de sua genitália”, exemplifica Marise Castro. Há ainda a hipótese de que ela esteja por trás de hiperatividade em meninas, especialmente quando a mãe é exposta ao bisfenol-A no primeiro trimestre de gravidez.

Quem pretende ter filhos também é vítima em potencial desse agressor. “Sua ação estrogênica favorece o desenvolvimento de endometriose”, diz Marise. Trata-se do crescimento anormal do tecido que reveste o útero — o endométrio — fora dessa cavidade, o que dificulta a gestação.

Pessoas com histórico familiar de problemas de tireoide e mulheres com parentes de primeiro grau que tiveram câncer de mama também precisam redobrar a precaução. “O bisfenol-A tem uma estrutura parecida com a da tiroxina, o hormônio tireoidiano. Por isso, uma vez consumido, pode desregular a glândula”, justifica Marise. “E, por agir como estrogênio, desconfia-se de que o composto esteja envolvido no tumor mamário”, completa.

“Há ainda estudos que apontam o bisfenol-A como um dos responsáveis por uma lista extensa de complicações que inclui alterações no tamanho da próstata e nos ovários, puberdade precoce no sexo feminino, diabete tipo 2, doenças cardiovasculares e obesidade”, acrescenta Peter Rembischevski. Dificilmente conseguiremos nos livrar por completo desse inimigo no dia a dia enquanto a indústria não o abolir de suas embalagens e seus produtos. A boa notícia, porém, é que é possível reduzir a ingestão com alguns cuidados na hora de armazenar, servir e preparar alimentos (veja quadro abaixo). A prevenção começa no supermercado, na hora de comprar utensílios, e continua no momento de saborear uma refeição. Sua saúde agradece!


Saúde é Vital

Musculação, o remédio da pesada contra o diabete

Na receita médica de quem não quer sofrer com a doença deve estar prescrito o levantamento de peso. Somado ao exercício aeróbico, ele tem o mesmo poder de um medicamento no controle do açúcar no sangue.

O halter é mais do que um instrumento em prol do vigor e da beleza. Peça básica das academias, ele também dá uma força e tanto para domar o mal que eleva a glicose na circulação. É o que comprova um trabalho da Universidade do Estado da Louisiana, nos Estados Unidos. Lá, cientistas separaram 262 diabéticos do tipo 2 em dois grupos: um se concentrava nas práticas aeróbicas, como a corrida; já outro aliava as passadas a exercícios anaeróbicos — a famosa musculação. Após nove meses, os pesquisadores averiguaram o índice de açúcar dos últimos 90 dias. Entre os que adotaram a combinação, houve uma redução de quase 7% nesses níveis, o dobro em relação à outra turma. “Estudos feitos com remédios mostram diminuição semelhante”, diz Carlos Eduardo Barra Couri, endocrinologista da Universidade de São Paulo, em Ribeirão Preto, no interior do estado.

Além disso, o aumento no uso de medicamentos ficou em torno de 18% nos participantes que fizeram o treino duplo, contra 22% em quem se limitou às pedaladas. “Aparentemente, atividades aeróbicas e resistidas são complementares, porque mexem com mecanismos diferentes no corpo”, ressalta o fisiologista Timothy Church, que assina o estudo. Na hora de tirar um peso do chão, a via utilizada pelo organismo para conseguir energia é diferente da empregada em uma caminhada. “A atividade anaeróbica tende a usar glicose, enquanto a aeróbica se vale, dependendo da duração, mais da gordura”, esclarece o educador físico William Komatsu, da Universidade Federal de São Paulo, a Unifesp.

Não custa reforçar: é a mistura entre supino e esteira que traz melhores resultados. Isso porque, se por um lado erguer barras pesadas torra glicose aos montes, são as passadas largas e rápidas que diminuem a barriga. “E o acúmulo de gordura na região abdominal prejudica o trabalho da insulina”, explica Marisa Passarelli, fisiologista do Laboratório de Lípides da USP. Se esse hormônio não funciona corretamente, a glicose fica fora das células e, logo, sobra nas artérias. Mais do que esvaziar os pneus da cintura, esportes como a natação condicionam o sistema cardiovascular. Isso, além de facilitar o trabalho da insulina, serve como proteção contra infartos e afins. “Problemas no coração são, disparado, a principal causa de morte entre diabéticos”, reforça Nabil Ghorayeb, médico do esporte e cardiologista do Hospital do Coração, na capital paulista.

Para se valer dos benefícios dessa união, no entanto, é importante visitar a sala de ginástica com frequência. Em contrapartida, exagerar na malhação é um tiro pela culatra (saiba o porquê no quadro acima, à esquerda), especialmente para quem tem diabete e, portanto, necessita de cuidados antes de pôr o calçado esportivo. Um deles, aliás, é usar tênis adequados e meias para evitar feridas nos pés que podem passar despercebidas e, então, culminar em problemões (observe na lista ao lado outras medidas essenciais). Desde que tudo esteja em ordem, tenha certeza: qualquer academia é bem-vinda aos diabéticos em busca de uma vida saudável.

NADA DE EXCESSOS!
Os níveis de açúcar de quem não maneira na atividade física ficam instáveis. Em alguns casos, caem drasticamente, gerando hipoglicemia. Em outros, são catapultados. “A sobrecarga pode aumentar a presença de hormônios como a adrenalina, que estimulam a descarga de glicose na circulação”, atesta William Komatsu, da Unifesp. Esse quadro, se mantido por muito tempo, afeta os vasos sanguíneos.

CHECKLIST DO DIABÉTICO
›› Fazer testes ergométricos regularmente
›› Medir a glicose antes, ao longo e depois da atividade
›› Realizar exames oftalmológicos
›› Não se exercitar com glicemia acima de 250 mg/dL
›› Andar com identificação de diabético
›› Coordenar, com o médico, o uso dos medicamentos
›› Fazer uma avaliação cardiológica completa
›› Levar sachê de açúcar líquido para eventual hipoglicemia


Saúde é Vital

SAÚDE E BEM ESTAR NOTICIAS: Cirurgia para tratar pedra no rim sem cortes é feita em São Paulo

O Centro de Referência em Saúde do Homem, unidade da Secretaria de Estado da Saúde, acaba de realizar com sucesso uma cirurgia inédita em que o paciente é operado com apenas um pequeno orifício feito na região abdominal ou lombar. A intervenção fez a retirada de uma pedra no ureter, canal que liga o rim a bexiga, utilizando um aparelho chamado de “single port” e uma câmera para que a equipe médica acompanhasse o procedimento através de um monitor de vídeo.

Pacientes com este tipo de cálculo já são tratados no hospital de maneira pouco invasiva com um equipamento que entra pelo canal do ureter e quebra a pedra. Porém, para “destruir” grandes cálculos, que chegam a medir mais de 2,5 cm, ou alocam-se muito próximos ao rim, o método convencional (em que o doente recebe cortes em todo o abdômen) era escolhido para não comprometer o canal e preservar o paciente.

Já na cirurgia por acesso único, o aparelho consegue cortar a pedra e retirá-la sem afetar o ureter. Por ser minimamente invasiva, oferece mais conforto ao paciente. Tanto a internação, quanto o processo operatório são mais rápidos e em torno de uma semana o operado já pode voltar a sua vida profissional e social normalmente.

Além disso, há também a economia de recursos. Por receber alta no dia seguinte da operação, a contenção com hospitalidade e medicamentos é de, aproximadamente, R$ 1,2 mil por pessoa tratada.

“Estamos realizando pesquisas e buscando constantemente opções que proporcionem mais benefícios e qualidade de vida aos usuários do hospital”, destaca Fábio Vicentini, médico urologista do Centro de Referência da Saúde do Homem.

Estima-se que uma entre 10 pessoas vá apresentar pedras nos rins ou nos ureteres pelo menos uma vez até chegar aos 70 anos de idade, segundo a secretaria. A formação pode ser consequência de herança genética e também está ligada a hábitos de vida pouco saudáveis, como o excesso de ingestão de sal e alimentos gordurosos, em contrapartida da baixa ingestão de líquidos. Pacientes com cálculos renais apresentam fortes dores nas costas e em toda a região abdominal. Em alguns casos há, ainda, dificuldade para urinar.

“Fomos o primeiro centro médico de toda a América a realizar esta cirurgia. É um grande ganho para os pacientes da rede pública de saúde, que podem contar com tecnologia de ponta e profissionais altamente treinados para realizar procedimentos pouco invasivos e muito eficientes”, explica o médico chefe do serviço de urologia, Joaquim Claro.

O Centro de Referência em Saúde do Homem fica na avenida Brigadeiro Luís Antonio, 2.651, Jardim Paulista, e atende pacientes encaminhados por Unidades Básicas de Saúde e outros serviços da rede pública.


Uol Saúde

Sim, sexo pode matar, mostra estudo norte-americano

Explosões repentinas de atividade física, de moderada a intensa --como correr ou fazer sexo -- aumentam significativamente o risco de um ataque cardíaco, especialmente em pessoas que não se exercitam regularmente, disseram pesquisadores dos Estados Unidos nesta terça-feira.

Há muito tempo os médicos reconhecem que a atividade física pode causar sérios problemas ao coração, mas o novo estudo ajuda a quantificar esse risco, diz Issa Dahabreh, do Tufts Medical Center, em Boston, cuja pesquisa foi divulgada na publicação da Associação Médica Americana.

A equipe analisou dados de 14 estudos que examinavam a ligação entre sexo e o risco de ataques cardíacos ou morte cardíaca súbita -- um ritmo letal do coração que faz com que o órgão pare de bombear o sangue.

Eles descobriram que as pessoas são três vezes e meia mais propensas a ter um ataque cardíaco ou uma morte cardíaca súbita quando fazem exercício do que se não fizessem.

Essas pessoas são 2,7 vezes mais propensas a ter um ataque cardíaco quando fazem sexo ou imediatamente depois, em comparação com os que não fazem. (Estas descobertas não se aplicam a morte cardíaca súbita porque não há estudos relacionando sexo e morte cardíaca).

Jessica Paulus, outra pesquisadora do Tufts que participou do estudo, disse que o risco é moderadamente alto como mostram as pesquisas. Mas o período de risco aumentado é breve.

"Esses riscos aumentam somente por um curto período de tempo (uma ou duas horas) durante e depois da atividade física ou sexual", disse Paulus em entrevista por telefone.

Por causa disso, o risco para as pessoas ao longo do período de um ano é ainda bem pequeno, disse ela.

"Se você pegar 10 mil pessoas, cada sessão individual de atividade física ou sexual por semana pode ser associada a um aumento de um ou dois casos de ataque cardíaco ou morte cardíaca súbita por ano", afirmou Paulus.

Ela declarou ser importante equilibrar as descobertas com outros estudos que mostram que atividade física regular reduz em 30% os riscos de ataques cardíacos e morte cardíaca súbita.

"O que de fato não queremos é que as pessoas deixem isso de lado e pensem que o exercício é ruim", afirmou ela.

O que isso realmente significa é que quando pessoas que não fazem exercícios regularmente começam qualquer programa de atividade devem seguir lentamente, aumentando gradualmente a intensidade dos esforços ao longo do tempo.


Uol Saúde

segunda-feira, 21 de março de 2011

Talula mostra seu lado mãe

Antes de ficar confinada na casa mais vigiada do Brasil, Talula tirou férias com o filho Gabriel, de 9 anos. “Foi uma oportunidade para conversar e explicar para ele tudo o que ia acontecer com a gente”, contou a modelo paulista em entrevista exclusiva à CRESCER. A princípio, o menino não gostou da ideia de passar tanto tempo longe da mãe. Mas logo foi convencido. “Mostrei a ele o quanto o prêmio poderia mudar a nossa vida.” Ela, que foi mãe aos 21 anos, não se arrepende da fama de estrategista que ganhou dentro da casa. E, embora tenho realizado um ensaio para o site Paparazzo, garantiu que, pelo filho, não vai posar nua. Veja a entrevista a seguir.

CRESCER: Com quem o Gabriel ficou enquanto você estava no BBB 11?
Talula: Com minha mãe e irmã. Como moramos juntas, elas já estão acostumadas com a rotina dele. Não precisei deixar nada por escrito, só mesmo o telefone da pediatra para alguma emergência.

C: Ele assistia ao programa?
T.: Só as provas de comida, a do líder e a do anjo.
C: Ter um filho interferiu no modo como você se comportou lá dentro da casa?
T.: Não. Dentro da casa, fui eu mesma. Mas reprimi um pouco aquela vontade de chorar para ele não pensar que eu estava sofrendo... Eu acreditava que se ele me visse feliz, também ficaria contente aqui fora.

C: Qual era a sua principal preocupação em não poder entrar em contato com seu filho?
T.: A minha principal preocupação era dele se sentir abandonado. E também tinha muito medo dele ficar doentinho, sem ter o colinho da mamis (como ele me chama) para afagá-lo.

C: Em algum momento, você teve receio de expor o seu filho por meio do BBB?
T.: Não, queria provar pra ele e ao mundo que o amor de uma mãe é capaz de superar a saudade e a tristeza. O meu objetivo era dar a ele um futuro melhor e vi no programa uma oportunidade para isso. Infelizmente não foi possível, mas vou continuar tentando.

C: E na escola, como os amigos dele receberam a notícia?
T.: Todos já me conheciam, pois sempre fui a mais animada das mães. Eles ficaram surpresos no início, mas depois adoraram ver a tia Tata na TV! Estavam torcendo por mim.

C: No BBB, você ganhou fama de estrategista. Acha que isso tem a ver com o fato de ser mãe, afinal, é preciso assumir tantas coisas de uma só vez?
T.: Com certeza. Fui mãe muito nova (aos 21 anos). Tive de amadurecer cedo e, ainda hoje, crio estratégias para conciliar meu tempo entre trabalho, casa e maternidade.


Crescer

Para a mente, um emprego ruim é pior do que o desemprego

Um estudo realizado por cientistas do Centro de Pesquisa em Saúde Mental, da Australian National University, de Camberra, concluiu que ter um emprego ruim é mais prejudicial para a saúde mental do que estar desempregado, como publicado no periódico científico Occupational and Environmental Medicine.

A pesquisa acompanhou mais de sete mil australianos durante sete anos e constatou que os desempregados mostravam-se sempre mais calmos, felizes e menos ansiosos apenas se o emprego que conseguiam fosse recompensador e administrável.

Os desempregados que foram contratados para trabalhos ruins, tiveram seus níveis de depressão e ansiedade muito mais elevados, contrastando com a ideia de que qualquer emprego é melhor do que estar parado. Segundo Robert Hogan, especialista da Universidade de Tulsa, nos Estados Unidos, "chefes ruins fazem qualquer pessoa infeliz e o estresse começa nestes gerentes ruins".



Terra Saúde

Entenda por que as mulheres ficam bêbadas mais rapidamente

Ao se observar um casal consumindo uma garrafa de vinho, por exemplo, é possível notar que, antes do final da garrafa, a mulher já se encontra bem mais descontraída, enquanto o homem leva mais tempo para sentir o efeito do álcool. O que acontece não é apenas por uma falta de costume de beber, como é pregado por aí.

O organismo de homens e mulheres reage de formas distintas à presença do álcool. Isso acontece porque há algumas enzimas e cofatores que são utilizados na digestão do álcool, como a ADH (álcool dehidrogenase), a ALDH (aldeído dehidrogenase) e o sistema microssômico de oxidação do etanol, como lembrou a nutróloga Luciana Carneiro, do Rio de Janeiro (RJ), que estão presentes em maior quantidade no corpo dos homens do que no organismo feminino.

Além disso, dados oficiais do Observatório Brasileiro de Informações sobre as Drogas (Obid), do Ministério da Justiça, confirmam que as mulheres, quando bebem, apresentam maiores níveis de álcool no sangue do que os homens por causa da maior proporção de gordura em relação à proporção de água no corpo delas. Como a ADH está menos presente no estômago feminino, uma maior quantidade de álcool é absorvida pelo organismo. Em uma comparação mais simples, seria quase como injetar o etanol diretamente na veia das moças, deixando-as embriagadas muito mais rapidamente!

A resposta à ingestão de bebidas alcoólicas também é diferente entre os sexos por variações na organização cerebral e ação de substâncias chamadas neuroesteroides. Segundo o Obid, "esta maior vulnerabilidade explica, ao menos em parte, porque a dependência ao álcool e os problemas físicos associados progridem mais rápido em mulheres".

Outras diferenças
A tolerância ao álcool é diretamente ligada à quantidade das enzimas ADH e ALDH no organismo. O endocrinologista Lucas Moura, do Spamed Sorocaba Campus, destacou que, além das garotas, algumas etnias também costumam apresentar pouca resistência ao álcool. "Os orientais têm uma deficiência ainda maior que as mulheres de outras etnias na produção destas enzimas. Por isso, costumam ficar muito vermelhos quando bebem pouca quantidade de álcool."

Mas ter pouca ADH e ALDH não é algo negativo, pois evitaria o consumo excessivo de bebidas alcoólicas e seus males, como a ressaca. Para o endocrinologista, as pessoas com menor tolerância ao etanol tendem a beber menos, pois os efeitos da substância costumam ser mais desagradáveis para elas.
O álcool no metabolismo
Ao ingerir bebidas alcoólicas, o corpo reage para metabolizar e eliminar a substância do organismo, por processos variados. A nutróloga ensinou que "cerca de 2 a 10% da quantidade de álcool ingerida são eliminadas pelos rins e pulmões, sendo o restante oxidado no fígado, que contém a maior quantidade de enzimas capazes de metabolizá-lo. Somente quantidades mínimas da bebida podem ser oxidadas no estômago".

A quantidade de bebida ingerida também reflete no tempo que o corpo vai levar para "tratar" o etanol no corpo e também nos efeitos que o organismo vai encontrar pelo caminho: a famosa ressaca! Alguns dos sintomas da ressaca aparecem justamente por causa da transformação do etanol em acetaldeído pelas enzimas responsáveis pela digestão do álcool. Esta substância é tóxica e provoca, por exemplo, as náuseas. "Depois, ela torna-se acetato e, por fim, após diversas reações químicas, converte-se em água e gás carbônico, sendo eliminada do corpo pela urina, suor e respiração", contou a nutróloga.

Para minimizar o efeito de qualquer bebida alcoólica no organismo, o ideal é ingerir bastante água, alternadamente, assim como se alimentar. "Comer ajuda a absorver o álcool de maneira mais lenta", contou Lucas Moura.

Luciana recomendou a ingestão de algum teor de carboidrato integral, "que tem a digestão lenta", e verduras, "para aumentar o teor de fibras". "A gordura, como o azeite, também é uma boa opção. Não é a toa que os petiscos que acompanham as bebidas alcoólicas são ricos em gordura", destacou.

É importante lembrar também que o álcool engorda e deve ser consumido moderadamente, pois pode causar lesões no fígado como esteatose (gordura no órgão), hepatite alcoólica, cirrose, fibrose, hepatite crônica e câncer. "Na minha área, vemos muito a ligação entre álcool e doenças como diabetes, hipertensão e obesidade. Não é proibido, mas em alguns casos, o consumo vai fazer mais mal do que bem", disse o endocrinologista.


Terra Saúde