sábado, 19 de fevereiro de 2011

Família toda de carona

Papai, mamãe, irmão mais velho, bebê recém-nascido, avós e até a bicharada. Todo mundo foi parar na traseira dos carros, em adesivos de bonequinhos com traços infantis que representam os membros da família. É só dar um passeio rápido nas ruas para descobrir como são os lares do donos dos veículos a nossa volta. A moda espalhou-se rapidamente por todo o Brasil e é bem provável que você já tenha pensado no assunto. Seja porque gostou da ideia ou porque nem cogita expor seus filhos dessa maneira.

Sem imaginar a repercussão que teria, o designer Germano Spadini criou seu primeiro adesivo da família há três anos, ao descobrir que sua esposa estava grávida do primeiro bebê. Os amigos e familiares gostaram da novidade e, logo, Spadini percebeu que ali estava uma boa oportunidade de negócio. “Quando fiz, não tinha visto em lugar nenhum. Não sei se fui o criador”, revela.

No mercado desde 2003, sua empresa especializada em adesivos decorativos Job Design Criaativo, hoje vende cerca de 10 mil autocolantes de bonequinhos por mês. Com preços variando de R$ 2 a R$ 5 cada unidade, a procura é tanta que ele lançou no início de 2011 duas novas linhas, incluindo personagens cadeirantes, obesos, negros e orientais. Também é possível encomendar um pai country, uma mãe malhada e um avô churrasqueiro, por exemplo. Além da loja física no bairro do Tatuapé, em São Paulo, e da loja virtual, o empresário também distribui para casas de decoração, de artigos infantis e de acessórios automobilísticos.

O empreendedor conta que o kit de maior venda é formado pelo casal, com duas crianças e um bicho. “Mas já fizemos de tudo, até uma família de mãos dadas com Jesus”, diz Spadini, que chegou a confeccionar um pai falecido (o bonequinho tinha asas de anjo, a pedido da esposa viúva), um casal de cabeleireiros gays e uma família enorme, com mãe, pai, 4 filhos, avô, avó e 7 animais. Recentemente, a empresa começou a fabricar os autocolantes em tamanho real, para aplicar nas paredes de casa.

Mas como todo modismo, essa mania também tem pontos positivos e negativos. Para o psicólogo e professor da Pontíficia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) Antonio Carlos Pereira, as pessoas precisam se comunicar com o mundo e compartilham o seu dia a dia com os outros desde o tempo das pinturas rupestres nas cavernas. Os adesivos são mais uma forma de comunicação e, segundo o psicólogo, as crianças vêem essa nova moda como uma brincadeira. Portanto, usar os autocolantes para personalizar o veículo ou como diversão pode ser uma atividade lúdica para adultos e crianças.

Foi com esse espírito de brincadeira que Mirian Mezzanotte Barneze, 47 anos, decorou a traseira de seu automóvel com 14 adesivos. Além dela, do marido e das três filhas, estão representados as três cachorras e os seis gatos que dividem o teto com eles em Bragança Paulista, no interior de São Paulo. Apesar de não achar que está expondo sua família, ela reconhece que os adereços chamam a atenção por onde o veículo passa. “Ainda quero colocar o aquário”, brinca Mirian, que até já foi reconhecida no trânsito por uma amiga por causa dos enfeites.

Mas saiba que desfilar com a família toda grudada atrás do carro não é suficiente para demonstrar orgulho aos seus filhos. As crianças percebem que os pais amam e sentem orgulho através das atitudes tomadas no cotidiano e na convivência em casa. Pereira acredita que não é preciso demonstrar esses sentimentos para o público externo e lembra que a necessidade de exposição é ainda maior nas grandes cidades. “Chega a ser um paradoxo. Você não conversa nem com os vizinhos, mas abre sua vida na internet para gente que nem conhece”.

A assessoria de imprensa da Polícia Militar de São Paulo afirma que não existe nenhuma estatística que relacione o uso dos autocolantes com qualquer tipo de crime. Ainda assim, o bom senso, como quase tudo em relação aos filhos, é o que faz diferença. Chen Gilad, diretor-executivo do grupo de segurança Haganá, concorda. Ele acredita que os adesivos não transmitem dados suficientes para bandidos planejarem um assalto ou sequestro e lembra que redes sociais, como Orkut e Facebook, contêm informações muito mais detalhadas. “É preciso ter em mente que qualquer informação que você passa pode ser utilizada por alguém mal intencionado. Mas se você quiser esconder tudo, não vai viver.” E na garagem da sua casa, essa moda já colou?


Crescer

Esmalte na gravidez pode?

Sabe aquela história de que tudo na gravidez precisa de autorização? Com os esmaltes é um pouco assim também. Se você adora os mais coloridos, pode continuar passando, mas das marcas que você já usava. Experimentar uma nova é periogoso, pode causar reação alérgica. Se você não faz as unhas em casa , leve seu kit manicure no salão de beleza. Se quiser estar com as mãosm lindas no parto, passe um esmalte transparente, como a base, porque os coloridos vão ser retirados pela equipe de enfermagem. O problema é que uma das maneiras de o médico checar se a sua circulaçao está boa é pelas unhas e, se a camada do esmalte for muito grossa, pode atrapalhar os resultados do oxímetro, um aparelho que é colocado no seu dedo para checar a oxigenação.


Crescer

Tecnologia é aliada no procedimento de implante dentário

A odontologia, assim como outras áreas da ciência da saúde, apresentou grande desenvolvimento nos últimos anos. Avanços nas áreas da informática, de materiais e de engenharia de tecidos talvez tenham sidos os principais responsáveis por esta transformação.

Dentro deste cenário, a implantodontia dental também foi beneficiada por todo este movimento. Na década de 60, inicialmente, foram definidas as bases desta ciência. Na época, após a colocação dos implantes, aguardava-se um período de 3 a 6 meses para confecção da prótese dental. Período correspondente a remodelação do tecido ósseo sobre a parede do implantes. Este processo foi uma revolução na odontologia, pois podíamos reabilitar um espaço com ausência do dente, sem necessidade do desgaste dos dentes vizinhos para confecção de uma prótese.

O titânio, o material de escolha, apresenta grande biocompatibilidade com os tecidos de nosso organismo. O osso se liga a este material, provocando um processo de união bastante forte. O nosso corpo tem uma reação amigável com esse metal, portanto a idéia de rejeição não existe. O que pode acontecer, em raros casos, é não ter sucesso por falha na união do osso ao implante.

De uma maneira geral, o sucesso deste procedimento está entre 95% e 98% dos casos e também não existe limite de idade. Após a puberdade, qualquer pessoa pode receber implantes.

Alguns pacientes não apresentam volume ósseo suficiente para instalação do implante. Isso ocorre por causa de processos infecciosos, perda prematura de dentes ou acidentes. Entretanto, podemos reconstruir estas áreas através de enxerto. Para tal situação, o especialista pode utilizar tecido do próprio paciente, de animal ou de material artificial.

Mais recentemente, descobriu-se que, em muitos casos, a coroa ou a prótese sobre implante poderia ser colocada imediatamente após a instalação dos implantes. Esta técnica ficou conhecida como carga imediata. Assim, em muitos casos, podemos ter uma solução protética imediatamente após a cirurgia. Nesta técnica, a maioria das próteses é fixa, ou seja, não se soltam durante a mastigação, propiciando maior conforto, segurança e eficiência.

Atualmente, o planejamento cirúrgico pode ser feito em software. O profissional simula a cirurgia em ambiente 3D, tendo uma visão privilegiada de toda área anatômica. Estes dados são enviados a um laboratório, que confecciona uma guia cirúrgica. Após anestesia esta peça é adaptada na região desdentada. Assim, o cirurgião tem as informações sobre a inclinação e profundidade dos implantes estabelecida no planejamento virtual.

Com este recurso, não se faz necessário o uso do bisturi. Essa técnica, quando indicada pelo cirurgião dentista, pode proporcionar redução do tempo cirúrgico e da dor pós operatória.

Todas as técnicas e equipamentos dependem sempre de um profissional capacitado. Em todas as áreas do conhecimento, os avanços tecnológicos podem otimizar nossas ações, mas não substituem o conhecimento, a experiência, habilidade e o bom senso do operador. Ou seja, a tecnologia pode facilitar os procedimentos, torná-los mais simples, mas o diferencial está em como utilizamos estes recursos.

Hoje, temos muitos recursos para utilizar. O cirurgião dentista preparado é quem vai escolher a melhor estratégia e o melhor técnica para cada caso.

Um abraço.


Minha Vida

Como lidar com as amizades dos filhos

As amizades são importantes para o desenvolvimento psicossocial das crianças e possibilitam a aquisição de habilidades no convívio grupal. Esse contato social permite que a criança ou adolescente saiba mais sobre si mesmo e sobre o mundo. O aprendizado é construído na medida em que a criança amadurece, e nesse processo ela apreende noções como limites, respeito, semelhanças e diferenças, competição e solidariedade.

A criança nasce com parte de sua personalidade formada pelos traços genéticos parentais, porém esses traços mudam de acordo com o que a criança vive e com as relações que ela estabelece com o mundo. Tudo o que a criança observa, percebe ou interage irá, em maior ou menor grau, influenciar na formação da sua personalidade. Não se pode deixar de lado o modo como a criança interpreta o que vê e ouve, pois é a sua interpretação da realidade que influencia na formação da sua personalidade.

Os filhos devem ser educados com os valores escolhidos pelos pais desde a primeira infância, e não depois de crescidos, no momento em que precisarão fazer isso desses valores. Do mesmo modo deve ser ensinada a escolha de boas amizades - pelo exemplo dos próprios pais. Quando as crianças começam seus laços de amizades, lá pelos 3 ou 4 anos, os pais devem estar presentes, intermediando as relações dos filhos com seus amigos nos momentos de discórdias. Com o tempo, os pais devem se afastar um pouco, assim que perceberem que os filhos conseguem resolver sozinhos suas diferenças com os amigos. Durante a adolescência, a participação dos pais fica bem mais limitada, porém isso não quer dizer que devem distanciar-se. Nesses casos, o diálogo franco e aberto é o melhor caminho para lidarem com as escolhas de amizades dos filhos.

Seja na infância ou adolescência, os pais devem estar sempre atentos as amizades dos filhos. Conhecer os amigos, torná-los próximos da família e manter os limites de respeito não invasivo colaboram nessas relações. Os pais podem interferir nas amizades escolhidas caso percebam que elas são gravemente prejudiciais aos filhos. De qualquer modo, isso deve ocorrer através de um diálogo honesto entre pais e filhos.


Minha Vida

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Médico não é monstro

Injeção, hospital, exame de sangue… Muita gente treme só de lembrar. Diante de uma agulha, então, surge o medo. Se esse tipo de reação ultrapassa os limites e impede de cuidar direito da saúde, então é uma forma de fobia. E toda fobia merece atenção.

"Sangue!” O tom aterrador da minha mãe e a parede manchada de vermelho são as lembranças mais nítidas da cena que protagonizei aos 3 anos. Eu tinha rolado escada abaixo segurando um copo de vidro. O corte rompeu o tendão do dedo mindinho, exigiu cirurgias e fisioterapia. Mas isso não foi nada perto do impacto psicológico. Mais de 20 anos depois, eu ainda dormia mal na véspera de fazer algum procedimento médico e, na hora agá, o coração saltava pela boca. Não podia ver sangue nem sequer no cinema: fechava os olhos. “Metade da tendência de desenvolver esse tipo de fobia é genética, mas enxergar o temor de pessoas da família na infância ou até mesmo vivenciar um evento traumático quando criança pode servir de estopim”, explica a psiquiatra Carolina Blaya, do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. “Em média, 4% dos indivíduos sentem algo muito ruim diante de um ferimento ou até mesmo da necessidade de ir ao médico ou tomar uma injeção.”

Esse medo se manifesta, primeiro, como mal-estar físico, incluindo tonturas e desmaios (veja quadro à direita). “E, depois de uma experiência dessas, o sujeito pode passar a evitar clínicas, laboratórios e até cadeira de dentista. Isso, claro, deixa sua saúde à mercê da própria sorte”, analisa o psicólogo Gustavo D’El Rey, que pesquisa esse tipo de distúrbio em São Paulo. “Não é raro que mulheres com o problema desistam de engravidar só porque temem o parto”, exemplifica.

O psicólogo e especialista em saúde coletiva Romeu Gomes, da Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro, se dedicou a estudar a origem desse comportamento no sexo masculino. “Os homens evitam buscar os serviços médicos principalmente devido ao medo de um diagnóstico negativo”, observa. E, para agravar, a ala masculina é culturalmente criada para demonstrar coragem. Essa cobrança é um fator impeditivo para que procurem auxílio, já que no consultório podem se tornar mais evidentes suas emoções e fragilidades. “Infelizmente, os profissionais de saúde nem sempre estão preparados para lidar com isso”, nota Gomes.

Tem gente que não suporta nem ao menos se lembrar do cheiro de um hospital. “O lugar é associado à expectativa e à dúvida em relação a um procedimento médico e, quando essa pessoa vai lá, sempre sente estresse e ansiedade”, afirma a enfermeira Cristiana Hussne, chefe do Pronto Atendimento do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo. Em outras palavras, a incerteza e a angústia se referem à possibilidade de sentir dor ou incômodo durante um tratamento. Já a aflição ao ver sangue estaria ligada a um sentimento de ameaça à integridade física e a pensamentos de morte. O importante é estar ciente e procurar ajuda quando esse tipo de raciocínio é paralisante.


Saúde é Vital

Ai, deu cãibra

Quem já teve cãibra sabe como dói. O músculo repuxa e parece que vai arrebentar. Mas ninguém precisa passar por essa chateação. Saiba o que fazer para sua batata da perna não assar

Súbita e sorrateira, ela surge quando menos se espera. Na calada da noite, embaixo dos lençóis. No domingo ensolarado, dentro da piscina do clube. Ou no futebol de terça, depois daquele pique pela direita. Quem já teve sabe... É uma dor paralisante, que pode durar de alguns segundos a vários minutos. Basta uma leve flexão do pé para baixo e... ai! A batata da perna contrai-se parecendo dar um nó. Eis a cãibra se manifestando, para desespero de suas vítimas. Mas o que provoca essa dor súbita? O que fazer para preveni-la? E como se comportar quando ela aparece?
Os especialistas ainda discutem as causas dessa contração muscular violenta e involuntária. O que existe são algumas pistas importantes para entendê-la. A cãibra geralmente se manifesta na prática de uma atividade física, sobretudo se o esportista estiver, digamos, pouco condicionado — ou mal alimentado. Sim, quando os músculos carecem de condições adequadas para realizar um esforço diferente do habitual, é espasmo na certa. “Quem exagera no tempo ou na intensidade do exercício pode sofrer cãibras por falta de vitaminas e sais minerais, o que leva à fadiga muscular”, explica o educador físico Renato Dutra, supervisor técnico da Run & Fun Assessoria Esportiva, em São Paulo.

A escassez de oxigênio na circulação também contribui para esse cansaço extremo dos músculos. Quem um dia precisou ser socorrido devido a uma baita repuxada da musculatura já deve ter ouvido falar sobre um tal de ácido lático sem saber que substância é essa. A gente explica: trata-se de uma espécie de lixo orgânico que se acumula nos tecidos musculares quando as células usam a glicose para obter energia. Isso permite ao músculo continuar o esforço sem necessidade de recorrer ao oxigênio proveniente dos pulmões. Mas o excesso de ácido lático deflagra encrencas. “É como se a musculatura ficasse sem ar e com menos espaço para se mover. E isso gera fadiga”, ilustra o fisioterapeuta Robert Velentzas, de São Paulo. “Por isso a respiração correta é tão importante durante o exercício.”

O suor da atividade física é mais um fator que ajuda no desencadeamento de cãibras. “A perda excessiva de sódio pode levar à contração muscular”, diz o fisiologista Turíbio Leite de Barros, da Universidade Federal de São Paulo. Mas o excesso de exercício, sozinho, não é suficiente para explicar o aparecimento dessas contrações famigeradas. No meio esportivo, os especialistas sabem que o xis da questão pode estar no que se bebe — na verdade, no que não se bebe. “A desidratação é decisiva para a ocorrência do problema”, informa Barros.

E quanto às cãibras noturnas? Segundo o ortopedista Moisés Cohen, chefe do Centro de Traumatologia do Esporte da Unifesp, quem faz muito esforço físico durante o dia pode ter contrações à noite. E quem não faz também — mas, nesse caso, a falta de sódio é o fator crucial. “O suor e a urina em excesso podem provocar a perda desse mineral e de outros elementos. E o organismo utiliza o sódio do músculo quando está sem reservas energéticas”, explica Cohen. “Isso gera uma resposta nervosa que leva a um estresse mecânico e às contrações involuntárias.” Ou seja... cãibras!

Moisés Cohen acrescenta que diabete, problemas neurológicos e lesões vasculares podem estar por trás de um simples espasmo muscular. “São doenças capazes de favorecer o problema”, informa o especialista. “A insuficiência renal e a hemodiálise também contribuem para a redução da concentração de sódio no sangue e muitas vezes levam a problemas musculares, assim como a carência de outros minerais, como cálcio, magnésio e potássio.” O preparador físico Renato Dutra chama a atenção ainda para a síndrome das pernas inquietas, caracterizada por uma vontade incontrolável de mexer as pernas, principalmente durante o sono — e isso também pode disparar cãibras.

Não existe um tratamento específico para essas contrações. O melhor a fazer é se condicionar antes de partir para atividades físicas mais exigentes, comer e beber o suficiente para suportar a carga extra do exercício e procurar respirar profunda e coordenadamente durante os treinos. Quem sua mais de uma hora por dia também precisa repor nutrientes. Nessa situação, valem géis de carboidrato e líquidos isotônicos, além de água. “A pessoa que se prepara para a atividade física suporta melhor o esforço e retarda o surgimento de cãibra”, resume o educador físico Renato Dutra. Ou melhor: evita esse suplício e malha em paz.


Saúde é Vital

Anvisa quer banir remédios para emagrecer

O reinado dos remédios emagrecedores está por um fio. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) quer banir de vez a comercialização de todas as drogas usadas para emagrecer que atuam no sistema nervoso central: a sibutramina e os derivados de anfetamina (femproporex, dietilpropiona e mazindol). A única droga para o tratamento da obesidade que continuará liberada será o orlistate (Xenical), que atua diretamente no intestino, reduzindo em cerca de 30% a absorção de gordura.

Diante de estudos que apontam que o consumo de sibutramina aumenta o risco de problemas cardíacos, desde o ano passado a Anvisa impôs novas regras e endureceu os critérios de venda dessa droga. Ela deixou de ser vendida como medicamento comum e passou a integrar a categoria dos anorexígenos, drogas que exigem receita especial.

A proposta de proibir os emagrecedores foi anunciada a especialistas e entidades médicas da área na semana passada e será publicada hoje no site da agência, junto com um parecer explicando os motivos. Para médicos endocrinologistas que atuam no combate à obesidade, a medida é radical demais e vai deixar os pacientes sem opção de tratamento, já que o controle da fome e da saciedade ocorre no cérebro. "Quase metade da população brasileira tem sobrepeso. Muitos pacientes não conseguem perder peso com o tratamento clínico convencional, que inclui dieta e exercícios físicos. Como vamos controlar a obesidade desses pacientes sem mexer no cérebro?", diz o endocrinologista Márcio Mancini, chefe do departamento de obesidade do Hospital das Clínicas (HC).

Estudo
Os benefícios não superam os riscos. Esse é o principal argumento que a Anvisa pretende usar na próxima semana, durante audiência pública, para convencer a classe médica de que é melhor proibir de vez o uso de medicamentos usados para emagrecer. Segundo Dirceu Barbano, diretor da agência, o assunto vem sendo discutido desde o ano passado, quando a União Europeia baniu a sibutramina. "Quase nenhum outro país tem sibutramina. As anfetaminas também estão diminuindo. E não há notícia de que isso piorou ou atrapalhou o tratamento da obesidade". Em 2009, foram vendidas no País 67,5 toneladas de sibutramina.

Segundo Barbano, a Anvisa fez um levantamento interno e concluiu que, por mais que o medicamento seja controlado e indicado apenas para pacientes com determinados perfis, não há evidências suficientes que demonstrem que a perda de peso supera os riscos cardíacos. "A nossa proposta, sustentada por uma extensa pesquisa, é de retirada imediata desses produtos do mercado. A não ser que consigam nos demonstrar com dados consistentes que estamos errados e esses remédios são bons e seguros", diz. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


G1

Tipos da Dengue

Em todo o mundo, existem quatro tipos de dengue, já que o vírus causador da doença possui quatro sorotipos: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4.

No Brasil, já foram encontrados da dengue tipo 1, 2, 3 e 4. O vírus tipo 4 não era registrado no País há 28 anos, mas em 2010 foi notificado em alguns estados, como o Amazonas e Roraima,

A dengue tipo 4 apresenta risco a pessoas já contaminadas com os vírus 1, 2 ou 3, que são vulneráveis à manifestação alternativa da doença. Complicações podem levar pessoas infectadas ao desenvolvimento de dengue hemorrágica.

Formas de apresentação

A dengue pode se apresentar – clinicamente – de quatro formas diferentes formas: Infecção Inaparente, Dengue Clássica, Febre Hemorrágica da Dengue e Síndrome de Choque da Dengue. Dentre eles, destacam-se a Dengue Clássica e a Febre Hemorrágica da Dengue.

- Infecção Inaparente
A pessoa está infectada pelo vírus, mas não apresenta nenhum sintoma da dengue. A grande maioria das infecções da dengue não apresenta sintomas. Acredita-se que de cada dez pessoas infectadas apenas uma ou duas ficam doentes.

- Dengue Clássica
A Dengue Clássica é uma forma mais leve da doença e semelhante à gripe. Geralmente, inicia de uma hora para outra e dura entre 5 a 7 dias. A pessoa infectada tem febre alta (39° a 40°C), dores de cabeça, cansaço, dor muscular e nas articulações, indisposição, enjôos, vômitos, manchas vermelhas na pele, dor abdominal (principalmente em crianças), entre outros sintomas.

Os sintomas da Dengue Clássica duram até uma semana. Após este período, a pessoa pode continuar sentindo cansaço e indisposição.

- Dengue Hemorrágica
A Dengue Hemorrágica é uma doença grave e se caracteriza por alterações da coagulação sanguínea da pessoa infectada. Inicialmente se assemelha a Dengue Clássica, mas, após o terceiro ou quarto dia de evolução da doença, surgem hemorragias em virtude do sangramento de pequenos vasos na pelo e nos órgãos internos. A Dengue Hemorrágica pode provocar hemorragias nasais, gengivais, urinárias, gastrointestinais ou uterinas.

Na Dengue Hemorrágica, assim que os sintomas de febre acabam a pressão arterial do doente cai, o que pode gerar tontura, queda e choque. Se a doença não for tratada com rapidez, pode levar à morte.

- Síndrome de Choque da Dengue
Esta é a mais séria apresentação da dengue e se caracteriza por uma grande queda ou ausência de pressão arterial. A pessoa acometida pela doença apresenta um pulso quase imperceptível, inquietação, palidez e perda de consciência. Neste tipo de apresentação da doença, há registros de várias complicações, como alterações neurológicas, problemas cardiorrespiratórios, insuficiência hepática, hemorragia digestiva e derrame pleural.

Entre as principais manifestações neurológicas, destacam-se: delírio, sonolência, depressão, coma, irritabilidade extrema, psicose, demência, amnésia, paralisias e sinais de meningite. Se a doença não for tratada com rapidez, pode levar à morte.


ComBateaDengue.com.br

O COLESTEROL

As gorduras do sangue - os lipídios - são compostos principalmente pelo Colesterol, o HDL Colesterol (chamado de o bom colesterol), o LDL Colesterol (chamado de o mau colesterol) e os Triglicerídios.

A Associação Médica Americana insiste em que os níveis de colesterol normais se situem abaixo de 200 mg % e que o HDL Colesterol esteja acima de 35 mg %.
A Tabela do Massachusetts General Hospital de Boston adota como níveis normais, para as diferentes idades, a tabela abaixo:

Colesterol total
Menos de 29 anos abaixo de 200 mg %
de 30 até 39 anos abaixo de 225 mg %
de 40 até 49 anos abaixo de 245 mg %
acima de 50 anos abaixo de 265 mg %

Para o HDL Colesterol dão como valores normais
Homens de 30 a 70 mg %
Mulheres de 30 a 90 mg %

Para o LDL Colesterol
homens e mulheres 50 a 190 mg %

Os riscos de doença cardiovascular relacionados aos índices dos níveis de Lipídios no sangue, formulados pela AAM Americana são:

Colesterol menor do que 200 mg % e HDL Colesterol maior do que 34 mg %.
Se não houver outros fatores de risco, a chance de doença cardiovascular é relativamente pequena. Essa pessoa deve repetir os exames a cada 5 anos e deverá seguir as recomendações para prevenir as doenças cardiovasculares.

Colesterol menor do que 200 mg % e HDL Colesterol maior do que 35 mg %.
Primeiro, deve verificar o LDL Colesterol e falar com o seu médico sobre qual a conduta a seguir. Segundo, controlar os outros fatores de risco e terceiro, aumentar a sua atividade física.

Colesterol entre 200 e 239 mg % e HDL Colesterol acima de 34 mg % e menos do que dois fatores de risco.
Essa situação pode duplicar as chances de ter doença cardiovascular. Os incluídos nesse grupo devem primeiro corrigir os outros fatores de risco; segundo, controlar o colesterol a cada dois anos e terceiro, basicamente, procurar modificar a sua dieta e aumentar sua atividade física. Nem todas as pessoas que têm esses níveis estão realmente ameaçadas de doença cardiovascular. Fale com o seu médico a respeito disso.

Colesterol total de 200 a 239 mg %, HDL Colesterol menor do que 35 mg % e mais do que dois fatores de risco.
Nesse caso a pessoa pode ter uma chance dobrada de doença cardiovascular assim como as pessoas com menos de 200 mg %. Deverá verificar o LDL Colesterol e falar com o seu médico, que o orientará sobre os controles e as medidas a seguir. Também deverá controlar os outros fatores de risco, corrigir a dieta e aumentar a atividade física.

Colesterol acima de 240 mg %.
O risco de doença cardiovascular é grande e maior ainda, se tiver outros fatores de risco. Deverá verificar o LDL Colesterol e mostrar ao seu médico que vai interpretar os exames. O seu médico irá orientá-lo para reduzir esse e os outros fatores de risco.


ABC Da Saúde

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Alcoolismo: a doença da negação

O álcool é um depressor do sistema nervoso central e, como tal, altera o estado psíquico do indivíduo.

Ninguém começa a usar o álcool pensando em se tornar alcoólatra. Existem vários fatores desencadeantes da doença alcoolismo, como:

1) curiosidade em obter os seus efeitos. Sendo eles: desinibição, relaxamento, tranquilização e sedação;

2) desestrutura familiar;

3) inabilidade de lidar com as situações de perdas e até com o sucesso na vida, etc. Tais fatores, porém, desencadeiam o uso, mas não justificam a doença.

Alcoolismo é uma doença, isto é, um conjunto de fenômenos fisiológicos, comportamentais e cognitivos no qual o uso da substância alcança importância maior para o indivíduo do que qualquer outra atividade e/ou comportamento que antes tinham maior valor.

Como podemos avaliar se uma pessoa desenvolveu alcoolismo?

Percebendo se ela apresenta sinais como:
1) um forte desejo ou compulsão – desejo praticamente incontrolável de beber;

2) dificuldade de controlar o comportamento de consumir a substância no seu início, término ou nível de consumo. Criou tolerância e necessita de doses maiores para ter o mesmo efeito – esse sintoma já caracteriza a perda de controle.

Após o primeiro gole, o indivíduo não consegue controlar o uso. Em consequência do alcoolismo, a pessoa tem apagamentos, atrasos e faltas ao trabalho, mudança de comportamento, queda de produtividade, bom desempenho esporádico (na tentativa de controle), baixa autoestima, fuga geográfica (troca frequente de casa, emprego, cidade e até de família), acidentes domésticos e de trânsito, abandono de projetos e interesses, some alguns dias sem dar satisfação à família e ao trabalho e não gosta de falar sobre o seu uso de álcool.

Pessoas com essas características, ou seja, aquelas que insistem no uso, apesar das consequências danosas, visíveis nas diversas áreas de sua vida, já se encontram doentes e precisam de ajuda. Para ajudar, é preciso parar de negar a doença. A negação não ocorre só da parte do paciente, mas também da família, dos amigos e dos patrões. É necessário aceitar e tratar o alcoolismo, detê-lo, caso contrário o alcoólatra morrerá precocemente.


IDMED

Ronaldo pode tratar hipotireoidismo

Medicação para tratar a doença não está na lista de remédios proibidos

Em seu anúncio de despedida do futebol, Ronaldo disse que perdeu para o próprio corpo. O jogador declarou que as fortes dores causadas por lesões no joelho e o fato de ter hipotireoidismo adiantaram sua saída de campo. A segunda declaração não é nova, mas chamou atenção pelo fato do “Fenômeno” dizer que não se submeteu ao tratamento para não ser pego no antidoping.

O hipotireoidismo é um distúrbio provocado pela falta de um hormônio produzido pela tireoide. Nessa pequena glândula, que mede cerca de 5 cm, localizada no pescoço, são secretados hormônios que controlam a velocidade do metabolismo. Eles são responsáveis por estimular os tecidos do organismo na produção de proteínas e aumentam a quantidade de oxigênio produzido pelas células. Eles ainda influenciam na respiração, frequência cardíaca, consumo de calorias e no crescimento.

A deficiência na produção desses hormônios reduz o metabolismo e causa sintomas como cansaço, sonolência e inchaço, o que pode ter dado o aspecto mais redondo ao jogador. Em longo prazo, causa sintomas mais graves, como uma forte anemia, queda dos reflexos e dos cabelos, voz rouca e raciocínio lento.


R7

Dormir mal e pular a soneca aumentam as chances de obesidade

É o que diz pesquisa realizada com crianças de 4 a 10 anos nos Estados Unidos. Veja ainda dicas para criar uma rotina de sono saudável para o seu filho



Que dormir bem é fundamental para a sua saúde, você já sabe, não é mesmo? Agora um estudo feito por cientistas da Universidade de Chicago, nos Estados Unidos e publicado na revista Pediatrics, da Associação Americana de Pediatria, mostrou que essa máxima é verdadeira desde a infância. De acordo com a pesquisa, quanto mais horas seu filho dormir, menor é a probabilidade dele se tornar obeso.

Para chegar a esse resultado, os pesquisadores analisaram o padrão de sono de 308 crianças entre 4 e 10 anos durante uma semana e descobriram que aquelas que dormem menos de 8 horas por noite têm mais chances de serem obesas no futuro, principalmente se não compensarem essa falta de sono em cochilos durante a tarde ou no fim de semana.
“Em comparação com aquelas que dormiam mais de 9 horas por noite, as crianças que dormiam cerca de 7 horas com intervalos irregulares apresentaram quatro vezes mais chances de serem obesas”, alerta David Gozal, professor da Universidade de Chicago e coordenador do estudo.

Os pesquisadores também verificaram que repor o sono em outros horários, ainda que não seja o mais indicado, também ajuda: as crianças que dormiam poucas horas durante a semana, mas compensavam em cochilos de dia e no fim de semana tinham menos probabilidade de serem obesas do que aquelas que não tiravam nenhuma soneca.

A Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda que crianças entre 3 e 5 anos tenham entre 11 e 12 horas de sono por dia, enquanto para as crianças entre 5 e 10 anos, 10 horas são suficientes. Veja aqui mais dicas para manter a rotina de sono do seu filho aqui - e boa noite!


Crescer

Sexo: A primeira vez... depois do nascimento do bebê

Fraldas, choro, amamentação, noites em claro e... sexo. Se você pensar em como sua vida mudou depois que o bebê foi para casa com vocês, não parece loucura afirmar que transar se torna um dos últimos itens da lista de prioridade de muitos casais. Enquanto as suas atenções estão todas voltadas para a criança, o homem tende a se sentir de lado nesse começo. Como voltar à ativa? Aqui vai uma dica: ele pode dar o primeiro passo, mas você vai precisar deixar claro – seja objetiva! – que quer tentar. Veja aqui como despertar o prazer, nele e em você, e como lidar com os imprevistos que podem aparecer:

1. Aproveite as brechas enquanto seu bebê está dormindo para ficar com seu companheiro. Vale assistir a uma série de TV juntos (porque ver um filme completo com um recém-nascido em casa é quase missão impossível), trocar cafunés, fazer uma massagem com um óleo gostoso. O importante é criar bons momentos a dois (e a sós, na medida do possível).

2. Divida os cuidados com o bebê. OK, você cuida da amamentação, mas ele pode ajudar você com as demais tarefas, como dar banho, colocar para arrotar, pôr a roupa suja para lavar. Além de deixá-la menos sobrecarregada, e assim, cansada, você vai sentir que ele está nessa nova fase junto com você, e essa cumplicidade é importante para o desejo se restabelecer.

3. Os sutiãs de amamentação não são os mais sensuais, mas você pode ter uma camisola mais picante. Ele também pode comprar roupas íntimas novas. Afinal, é a primeira vez depois do bebê. Vale o investimento.

4. Tente desencanar das preocupações com o seu corpo. Você acabou de ter um bebê e, como qualquer outra mulher nessa fase (menos as celebridades, elas não contam!), pode levar até um ano para ter o corpo de volta. Está tudo bem. Seu companheiro também sabe disso. O mais importante é ter a liberação do seu ginecologista, o que acontece de 30 a 40 dias depois do parto. O mesmo vale para quem precisou fazer episiotomia, um corte que é feito na região do períneo (entre a vagina e o ânus) para aumentar o canal de parto.

5. Prepare-se para os imprevistos – e não, não é com o bebê. Dificuldade para conseguir a lubrificação ideal é comum. Invista nas preliminares: sexo oral e masturbação. Tenha um gel lubrificante à base de água por perto para contornar essa dificuldade e para driblar a sensibilidade na área. A posição tradicional, com você por baixo, não é boa para quem fez cesárea porque o peso pode incomodar a cicatriz. Acredite, pode vazar um pouco de leite dos seios. Como essa região é uma superfonte de prazer, não desista deles. É só deixar avisado que isso pode acontecer.

6. E se o bebê chorar? Aí... precisa ter paciência para recomeçar. Um dos dois corre para acalmar o bebê enquanto o outro troca de música e acende algumas velas.


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