sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Prepare um ambiente seguro para o portador de Alzheimer

Mudanças no ambiente - "A implementação de todas as medidas dever ser pensada, planejada e comunicada também aos outros familiares que convivem com o paciente. Faça as mudanças conforme as necessidades forem surgindo" Vou abordar aqui estratégias e medidas que podem ser utilizadas pela família em casa, para preparar um ambiente seguro para a convivência com o paciente portador de Alzheimer.

Já explicitei até aqui (leia mais) como que se configura o curso clínico da doença, que ela pode ser dividida por fases, de modo que numa fase inicial a pessoa pode levar uma vida independente e é capaz até de compensar suas perdas.

A pessoa é capaz de desempenhar suas atividades de forma satisfatória, mesmo com as falhas de memória bastante presentes. Ela pode também ter alterações de comportamento e que tem um impacto na convivência familiar, precisando o cuidador familiar ter um bom conhecimento da doença, seus sintomas, curso clínico e tratamento para poder lidar com as consequências dos sintomas.

Com tanta variabilidade de sintomas, de alterações e de comportamentos apresentados pelos pacientes, não é difícil imaginar as preocupações com segurança de acordo com cada estágio da doença.

Dessa forma, abordarei cuidados de segurança no ambiente que devem ser implantadas na medida que a família for percebendo sua necessidade. Embora todos os pacientes numa fase intermediária apresentem certo grau de dependência e não podem mais viver sós, a variabilidade das alterações de comportamento sugerem adaptações por parte da família.

É importante ressaltar que estar atento ao idoso quando esse se encontra em situação de riscos que muitas vezes fazem parte de seu cotidiano. Alguns hábitos no decorrer da vida, são mais difíceis de serem modificados. As modificações ambientais ou de hábitos que ocorrem bruscamente ou que forem impostas por outras pessoas, podem trazer consequências nos relacionamentos com a pessoa idosa. Portanto, deve-se demonstrar os riscos e adaptar o ambiente, solicitando a participação do idoso, fazendo com que a pessoa perceba os riscos e necessidades de tornar o ambiente mais seguro.

É importante lembrar que todas as medidas precisam ser adotadas tanto para os riscos e perigos no interior da casa e também no exterior. Para o ambiente externo é sempre bom manter a entrada da casa bem iluminada, isso evita quedas. Se o idoso for for lavar calçadas ou aguar plantas tomar precauções, como uso de botas de borracha para não escorregar em pisos escorregadios.

Mantenha material de jardinagem que forem perigosos, trancados. As pontas e cortes afiados em instrumentos grandes facilitam muito acidentes. Cerque a piscina e mantenha o portão fechado quando não estiver em uso. Mantenha pesticidas, defensivos e produtos para limpeza pesada trancados, isso não significa obrigatoriamente, instalar fechaduras em todas as portas de gavetas de armários. É que as pessoas com a doença de Alzheimer, devido à confusão mental estão mais sujeitas a ingerir produtos tóxicos.

Elimine todas as plantas tóxicas ou venenosas, ou cujas folhas podem ser irritativas ao contato, procure também evitar plantas com espinhos. Tome cuidados com degraus, de preferência utilize rampas no quintal e procure eliminar buracos ou saliências no acesso à casa ou ao quintal. Avalie a presença de animais domésticos no exterior da casa, como por exemplo cachorros grandes, pois esses poderão até mesmo numa bincadeira provocar uma queda do idoso.

Apartamento

Caso more em apartamento, esteja atento ao acesso às escadas e elevadores. Informar os funcionários do prédio sobre a condição do paciente e como poderá proceder no caso de o paciente pegar o elevador desacompanhado. Caso haja piscina, verifique como é o acesso. Verifique na portaria como é o controle de saída para a rua. Informar os funcionários que pode haver problemas de comunicação com o paciente. Se houver desorientação, explique que não pode deixar a pessoa sair desacompanhada. Coloque redes de proteção em janelas, sacadas e terraços. É muito comum as pessoas com doença de Alzheimer perambularem pela casa e na área externa e não calcularem adequadamente a distância, têm dificuldades para caminhar e distraem facilmente.

A perambulação é um sintoma bastante comum e manifesta-se como tendência a andar sem um objetivo definido. Esse sintoma é bastante variável e existe tratamento medicamentoso para isso, mas as precauções devem ser tomadas.

Alguns pacientes podem andar dentro de casa, no mesmo cômodo e outros tendem ir para a porta em direção à rua, e se não tomar cuidado, o paciente poderá abrir a porta, sair de casa e perder-se na rua. Então é preciso manter fechado as portas de saída e guardar as chaves onde não fiquem visíveis. Habitue que o paciente esteja sempre com uma pulseira de identificação, com seu nome e telefone ou cartão com informações na carteira ou bolsa.

Quanto às precauções no ambiente interno é importante que mantenha o mais livre possível, porque é muito comum explorarem o que estiver à vista. Coloque protetores nas quinas dos móveis. Coloque tampas de encaixe nos interruptores e tomadas elétricas. Mantenha objetos pequenos (ex. carretéis e bibelôs pequenos) fora do alcance. Mantenha equipamentos como ferro de passar, máquina de costura e ferramentas elétricas sempre em locais seguros e desconectados.

É aconselhável não encerar o chão para evitar que fique escorregadio. Pisos escorregadios podem ser melhorados colocando-se pequenas faixas de lixa de parede, com as partes ásperas voltadas para cima, nos locais de passagem, ou usando tintas antiderrapantes. Evite o uso de tapetes, principalmente com bordas salientes. Evitar ambientes escuros, verifique se a iluminação é suficiente. É preferível que coloque nos corredores luzes automáticas, os telefones de preferência sem fio.

Use corrimão em escadas e no banheiro. Evite o uso de chinelos soltos e solas lisas. Mantenha o ambiente ventilado com janelas abertas, mas com cuidados. Tenha em casa nos móveis portarretratos com fotografias nítidas da família e da pessoa que está com a doença. Mantenha calendários e relógio visíveis para a orientação do tempo.

Perigos na cozinha

Um ambiente perigoso da casa é a cozinha, por lidar com o fogão e guardar objetos cortantes. Portanto, as razões para a cozinha tornar um local de risco vão variar conforme a fase da doença. Mas as falhas de memória e alterações de comportamento podem ser um problema.

Numa fase inicial, algumas atividades podem ser mantidas, o que é desejável, mas podendo acarretar riscos, o que deve ser prevenido. A pessoa pode continuar cozinhando, mas é preciso que tenha sempre um cuidador junto na cozinha supervisionando como o paciente liga o gás, lida com os fósforos e acendedores, com as panelas no fogo, com as facas, etc...

Atualmente já existem fogões com timer e bloqueios no bico do fogão. Os fósforos ou acendedores devem ser mantidos fora do alcance caso o paciente não cozinhe mais. Deve-se sempre tomar cuidados também com eletrodomésticos. A pessoa idosa e com demência pode apresentar dificuldade para lidar com aparelhos novos.

Com relação aos alimentos, por uma combinação da alteração da função executiva e memória e de alterações do comportamento, a pessoa com doença de Alzheimer pode comprar alimentos em quantidade muito superior ao que necessita, ou economizar alimentos, podendo resultar em um excesso de comida que pode estragar. Pode haver confusão para distinguir o alimento estragado, vencido, o qual pode ser ingerido e provocar intoxicação ou infecção intestinal. É recomendável que sempre um cuidador familiar esteja presente quando os alimentos forem adquiridos e consumidos. Fique atento às quantidades e procure escolher os alimentos com prazo de validade mais longo.

Banheiro: fonte de riscos

O banheiro é outra parte da casa com diferentes modalidades de riscos. É muito comum ocorrer quedas de pessoas idosas ao se deslocarem no banheiro ou durante o banho, ou ao sentar-se e levantar-se do vaso sanitário. Sugere-se que a iluminação do banheiro seja adequada, por causa de evidências de desequilíbrio e coloque barras perto dos vasos sanitários e no box. Retire a chave do trinco para que o paciente não tranque a porta pelo lado de dentro ou então tenha sempre à mão uma chave que permita sua abertura pelo lado de fora. Retire tapetes de tecido que podem escorregar. Guarde em lugar seguro produtos de higiene pessoal e medicamentos. Verifique se a água do chuveiro está numa temperatura adequada. A pessoa com doença de Alzheimer pode não saber mais como fazê-lo e não perceber que a água está muito fria ou muito quente. Outra precaução é tomar cuidados com aquecedores a gás.

Tais dicas para tornar a casa mais segura e o convívio mais agradável são importantes para todas as famílias que possuem um familiar com o diagnóstico de doença de Alzheimer e também outro tipo de demência.

É importante ressaltar que muitas vezes se prevalece o bom senso. Uma mudança radical nos ambientes e na sua forma de agir com o paciente pode ser desastrosa para alguém que está com dificuldades de memória e orientação no tempo e no espaço.

A implementação de todas as medidas dever ser pensada, planejada e comunicada também aos outros familiares que convivem com o paciente. Faça as mudanças conforme as necessidades forem surgindo. Converse sobre as mudanças, explique o que está ocorrendo e quais os riscos. Faça as mudanças sempre no sentido de simplificar e facilitar o convívio. Mantenha o ambiente em equilíbrio quanto aos estímulos e o mais saudável possível.

O que caracteriza um lar não é só o ambiente físico, mas especialmente suas preferências colocadas em cada espaço e de forma segura, na forma de objetos, design, decoração, relacionamentos estabelecidos, identidade e funcionalidade. São atributos físicos, sensoriais, cognitivos, afetivos, espirituais, climáticos e funcionais que nos circundam o dia a dia e do qual fazemos parte. [ Vya Estelar ]

Descubra os benefícios do azeite aromatizado para saúde

Muitos já sabem de cor e salteado os valores nutritivos e salutares apresentados pelo consumo diário de azeite de oliva, como por exemplo, a redução do mau colesterol, (LDL). O que muitos não sabem é que este produto associado a ervas e especiarias pode auxiliar na diminuição do consumo de outros temperos muitas vezes maléficos à saúde, como o sal.

"O azeite aromatizado com especiarias como hortelã, manjericão, pimenta, alho, trufas pretas entre outros, além dos próprios benefícios do azeite, possui um sabor que ajuda a reduzir a necessidade de utilizar outros temperos como o sal e a pimenta preta, que usados em excesso podem fazer mal à saúde", disse Rebeca Couto, proprietária da produtora de azeites gourmet Oliviers-co do Brasil.

Médicos e nutricionistas recomendam o consumo de pelo menos uma colher de sopa de azeite extra virgem por dia além da redução do consumo de sal. "O consumo exagerado de sal provoca uma sobrecarga no sistema vascular e nas funções renais, o que pode levar a problemas de hipertensão arterial. Substituir o sal por temperos, como o azeite aromatizado e ervas é uma alternativa saudável", disse Dra. Maria Luiza Righetti, médica clínica geral e preventiva.

Durante a produção do azeite, as azeitonas passam por um processo de lavagem, moagem, prensagem fria e centrifugação. Esse processo gera um produto nobre não fermentado, de baixa acidez e alta qualidade nutricional. "As especiarias podem ser moídas juntamente com a primeira prensa das azeitonas, misturando seus óleos essenciais ao azeite ou adicionadas ao produto já pronto. As duas formas resultam em um produto saudável e aromatizado", disse a degustadora oficial de azeites Patricia Galasini. [ Terra Saúde ]

Pouca vitamina D em recém-nascidos pode aumentar risco de esquizofrenia

A esquizofrenia é uma doença sem cura marcada por alucinações, alterações na afetividade e problemas nas atividades sociais. E, de acordo com cientistas do Instituto do Cérebro da Universidade de Queensland, na Austrália, o baixo nível de vitamina D em recém-nascidos aumenta a chance de desenvolvê-la anos depois.

A equipe contou com amostras de sangue de bebês da Dinamarca. Então, comparou a concentração da substância dos que posteriormente manifestaram a psicose com as dos que não a apresentaram (grupo controle). Assim, chegou à conclusão de que aqueles com taxas menores tiveram risco dobrado de ter o transtorno.

O pesquisador Darryl Eyles disse ao jornal Daily Mail que a vitamina D é necessária para o crescimento celular e a comunicação de todos os órgãos do corpo. Por isso, não seria nenhuma surpresa constatar que sua falta causa efeitos no cérebro. A publicação Archives of General Psychiatry divulgou as considerações.

Vale acrescentar que a produção de vitamina D é estimulada pela exposição solar. Isso não significa que deve ficar ao sol por longos períodos e sem proteção, é claro. A substância está presente também em peixes e crustáceos e, em menor quantidade, em ovos e leite. [ Terra Saúde ]

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Saiba como suas unhas denunciam problemas de saúde

Pessoas que lêem a sorte, dizem ver o destino de uma pessoa pela leitura das linhas na palma da mão. Mas quando se trata de discernir o estado de saúde, virar a palma para baixo, pode ser mais esclarecedor.

As unhas podem revelar uma quantidade surpreendente de dados sobre a saúde de uma pessoa. Médicos especialistas dizem ver muitas informações conforme o estado geral das unhas e as alterações na forma e cor.

Pode ser o primeiro sinal ou o último de uma doença interna. Alterações pulmonares, pólipos nasais, anemia, síndrome inflamatória do intestino e doenças do fígado, podem provocar alterações nas unhas.

Em alguns casos, essas alterações podem levar as pessoas a procurar assistência médica, com expectativa de trazer à tona, condições não diagnosticadas anteriormente. Em outros, o estado das unhas de um paciente vai ajudar o médico esclarecer o que está em jogo.

A saúde das unhas, se não houver nenhuma doença mais séria no organismo, agradece se você seguir essas dicas de alimentação:

· O enxofre é muito importante para a saúde das unhas, da pele e dos cabelos. 100gr de alho contem 70mg de enxofre.

· Inserir oleaginosas como amêndoas, castanhas, nozes no seu cardápio, faz bem pra saúde da pele, unhas, cabelos, pois são ricos em ômegas 3, 6,9, que aumentam saciedade e ricos em proteínas. Consuma de 3-4 unidades /dia. Mas, cuidado! Elas são calóricas. O ideal é consumi-las combinadas com frutas, pois diminuem a absorção de açúcar.

· Coloque na alimentação aveia, cevada, salsa, e etc que são ricas em silício (nutriente presente no colágeno, que é responsável por estruturação das cartilagens, tecido etc.).

· A linhaça fortalece unhas, dentes e ossos, além de tornar a pele mais saudável.

· As algas marinhas, por serem ricas em minerais, ajudam unhas fracas e quebradiças a crescerem, além de apagar manchas. A nori, alga utilizada na confecção de sushi, elimina bactérias.

· O estresse faz o cabelo cair e as unhas ficarem fracas, pois está intimamente ligado a estimulação do sistema imune. Durante a fase de estresse podemos aumentar o consumo de alimentos relacionados ao controle da imunidade, uma vez que no estado de stress as pessoas têm queda da imunidade:

o Ômega 3: salmão, sardinha, atum, linhaça

o Zinco: açafrão, gengibre


Exemplos de problemas de saúde que aparecem nas unhas

A cor base da unha de indivíduos saudáveis deve ser rosa claro. As que são brancas ou esbranquiçadas podem sugerir anemia ou alguma doença hepática.

Unhas brancas com ponta escura pode ser um sinal de envelhecimento, mas também pode ser sinal de insuficiência cardíaca congestiva, diabetes ou doença hepática.

Problemas renais são suspeitos em condição conhecida como meia-e-meia haste, em que a parte inferior da unha é branca, mas uma parcela para a ponta da unha é rosa.

Unhas azuladas podem indicar falta de oxigênio, sinal de uma pessoa pode estar sofrendo do pulmão. Unhas verdes podem sugerir infecção por Pseudomonas aeruginosa, uma bactéria que é comum no meio ambiente. Problemas respiratórios – como pólipos nasais e sinusite crônica - podem desencadear a síndrome das unhas amarelas, considerada rara.

Unhas espessas, disformes e turvas são geralmente sinal de infecção por fungo. Quanto mais cedo forem tratadas, melhor. É difícil de tratar.

A preocupação deve ocorrer se alguém desenvolve uma nova pigmentação nas unhas, assim como um novo sinal sobre a pele. Neste caso é melhor procurar um dermatologista para ver se é um melanoma ou se é apenas uma batida

Se notar uma mudança nas suas unhas, é razoável que vá verificá-la, mas não se preocupe sobre isso. Há muitas coisas que acontecem nas unhas que não têm nada a ver com quaisquer condições citadas no texto. Fotos podem ser acessadas no site da Clínica Mayo, dos EUA: http://www.mayoclinic.com/health/nails/WO00055 [ Blog Daniela Jobst ]

A lipoaspiração é tão arriscada como qualquer outra cirurgia

Se você digitar lipoaspiração em sites de busca, verá diversas notícias associando esse procedimento à complicações e até mesmo ao falecimento de alguns pacientes. Nos últimos anos, problemas durante a realização desta cirurgia têm ocupado espaço na mídia, em todo o país. Na verdade, não existe uma cirurgia mais arriscada do que outra, nem mesmo as cirurgias plásticas.

A lipoaspiração está sujeita às mesmas complicações que qualquer outro procedimento cirúrgico. Após mais de trinta anos de aplicação da técnica, a lipoaspiração está consolidada no Brasil. As estatísticas da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, SBCP, indicam a realização de 90.000 lipoaspirações por ano. Precisamos avançar nas questões que garantam maior segurança à realização do procedimento, o que necessariamente passa por uma melhor qualificação dos profissionais.

Problemas com a lipoaspiração acontecem quando a indicação do procedimento não é precisa. No rol das promessas de emagrecimento fácil estão chás medicinais, adesivos cutâneos, dietas da moda, pílulas que regulam o apetite ou cirurgias de redução do estômago.

Frequentemente, a lipoaspiração também é a saída procurada por pessoas que estão acima do peso. A lipoaspiração não é um método de emagrecimento. É um procedimento destinado a remover gordura localizada, como as que se encontram debaixo dos braços, nos quadris e na região abdominal. É o tipo de gordura que dificilmente pode ser eliminado, mesmo com o auxílio de exercícios físicos e de uma nova dieta.

Vale destacar também que esta regra só se aplica à pacientes adultos. Crianças, ainda que tenham acúmulo de gordura no corpo, a ponto de comprometer seu bem estar físico e psicológico, não devem se submetidas à lipoaspiração. Já para os adolescentes, a lipoaspiração pode ser indicada, contanto que o jovem operado não seja obeso.

Além da indicação bem feita, as contra-indicações precisam estar bem claras também. A partir de 10% a mais do peso ideal, os resultados da lipoaspiração não são tão satisfatórios. É importante entender que se trata de uma cirurgia de acerto de contornos e não deve ser encarada como um método para emagrecer.

Há um limite de gordura que pode ser retirado. De acordo com as normas do Conselho Federal de Medicina, não se pode passar de 7% do peso corporal do paciente na lipoaspiração úmida (com injeções de soluções líquidas) e 5% de retirada de gordura na lipoescultura a seco.

Doenças cardíacas graves, alterações pulmonares, anemia, diabetes e hipertensão arterial precisam estar sob controle para que o paciente seja operado. Outra grande contra-indicação diz respeito às alterações psicológicas, como depressão e doenças ligadas à auto-imagem, como a anorexia e a bulimia. Nesses casos é preciso acompanhamento profissional psicológico antes da cirurgia.

Para evitar problemas

Um fator que contribui para o sucesso do procedimento é o conhecimento dos riscos por parte do paciente. O paciente deve ser informado que independentemente da técnica, os maiores riscos da lipoaspiração são tromboses e embolias. Para prevenir problemas é necessário que o médico investigue se o paciente apresenta histórico anterior de flebite e trombose nas pernas.

Deve ser usada uma bomba massageadora, durante e após a cirurgia, para estimular a circulação na panturrilha. A realização da cirurgia em ambiente adequado, com toda a infra-estrutura para atendimento de emergência e o acompanhamento de um anestesiologista auxiliam na prevenção de problemas. O paciente deve também observar a estrutura de atendimento ambulatorial do profissional. Durante a consulta, o especialista deve passar calma, confiança, além de tirar todas as dúvidas do paciente.

O primeiro passo é verificar se o profissional é membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Depois, é conveniente conversar com pacientes que já foram operados por esse médico e verificar também se ele atua em bons hospitais e se a equipe dele é habilitada e treinada.

Por enquanto, não há nenhuma normatização impedindo que um médico de outra especialidade faça uma cirurgia plástica. Mesmo não sendo obrigatório, o título de especialista indica um maior preparo.

Por fim, desconfie de promessas milagrosas. "Minilipo", "Lipinho"ou "Lipo Light" são nomes que seduzem e podem até confundir quem quer melhorar o contorno corporal, mas tem medo de se submeter a uma cirurgia. Não considero apropriado "mascarar" o procedimento, lipoaspiração é sempre lipoaspiração, com os seus riscos e benefícios. É preocupante observar a banalização das lipoaspirações de pequeno porte.

A publicidade médica irregular é a infração mais recorrente nos processos analisados pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo, Cremesp, que envolvem a cirurgia plástica e os procedimentos estéticos. Esta prática abrange a exposição de pacientes (mostrando o "antes" e o "depois"), a divulgação de técnicas não reconhecidas, de procedimentos sem comprovação científica e a mercantilização do ato médico (anúncios em quiosques de shoppings, promoções onde o "prêmio" é uma cirurgia plástica, consórcios e crediários para realização de cirurgias plásticas).

Ao se deparar com anúncios como estes, o paciente deve ficar alerta. A cirurgia plástica não pode ser oferecida como uma vantagem, uma bagatela ou um grande negócio. [ Minha Vida ]

Suécia: 30 anos sem as palmadas

Educar sem bater é possível. Há 30 anos a Suécia prova isso. Em 1979, o país foi o primeiro a instituir uma lei para proibir a punição corporal de crianças. Assim como os adultos, elas tem o direito à integridade e proteção contra a violência e humilhação. Hoje, aproximadamente 30 países possuem leis que impedem os pais de baterem nos filhos.

O assunto começou a ser discutido na Suécia na década de 30 por pediatras, psicólogos e educadores. Após a Segunda Guerra Mundial, a discussão sobre os efeitos da violência na vida das crianças se fortaleceu e o bem-estar da família, a garantia de benefícios de saúde e educação também passou a ter mais importância. Nessa época, os professores usavam a punição corporal nas escolas para castigar e manter a ordem. Somente em 1958, depois de inúmeros debates parlamentares, o uso de violência e ameaças foi proibido nas instituições de ensino.

Poucos anos depois, em 1966, foi retirado do Código de Filhos e Pais (Children and Parents Code) da Suécia qualquer referência a leis antigas sobre o direito dos pais de bater nos filhos. Nesse ano, também foi inserido no Código Penal sanções em caso de agressão de crianças e adultos. Um ano depois, o governo criou uma comissão para analisar os direitos da criança. A autora de livros infantis Astrid Lindgren foi uma das personalidades que integrou o grupo dos defensores de uma lei “antipalmada” na Suécia. Em 1978, ela fez um discurso contra o castigo corporal que emocionou pais e mães. Na época, como não havia referência aos castigos físicos no Children and Parents Code, os pais acreditavam que a lei dava a eles esse direito. Mas foi somente em 1979, instituído como o Ano Internacional da criança pelas Nações Unidas, que a discussão sobre o bem estar das crianças tomou conta do governo sueco. Em março desse mesmo ano, o parlamento do país votou a favor de uma lei que proibisse qualquer forma de punição física ou emocional das crianças. A partir disso, uma extensa campanha foi realizada no país para que a lei fosse cumprida.

"As crianças têm direito a cuidados, segurança e uma boa educação. Crianças devem ser tratadas com respeito pela sua pessoa e individualidade e não podem ser submetidas a castigo corporal ou qualquer outro tratamento humilhante" , diz o código. Embora a proibição de palmadas em crianças no Children and Parents Code não estabelecer penalidades para quem infringir a lei, o Código Penal determina que a pessoa seja condenada à prisão por agressão por um período máximo de dois anos ou, dependendo da intensidade do crime, uma multa ou prisão de no máximo seis meses. As estatísticas mostram que as mudanças na legislação alcançaram seu objetivo. Dois anos depois, 90% das família do país já estavam cientes de que a lei tinha mudado. No ano 2000, apenas 1,5% das crianças tinha apanhado dos pais. [ Crescer ]

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Veja 10 curiosidades sobre pintas, que podem ser perigosas

Algumas pintas podem até ter seu charme, mas nem todas são bem-vindas, porque podem evoluir para câncer de pele. Quer saber como elas surgem, quais são os sinais de risco e quando procurar um médico? Então, confira esses e outros detalhes sobre o assunto, listados pelo cirurgião plástico Fábio Busnardo, responsável pelo Grupo de Cirurgia Plástica do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP) e pelo Serviço de Câncer de Pele da Divisão de Cirurgia Plástica do Hospital das Clínicas, de São Paulo:

1) As pintas ou nevus são agrupamentos de melanócitos, células presentes na pele com a função de produzir melanina, responsável pelo bronzeamento e proteção contra os efeitos danosos da luz solar. Surgem por características genéticas (por exemplo: pele clara e histórico familiar) ou pela contínua exposição ao sol;

2) As pintas congênitas são chamadas de nevus melanocíticos congênitos. Aproximadamente, uma em cada 100 crianças as tem ao nascer. A maior parte dessas lesões são pequenas (menores que 1 cm de diâmetro) e não trazem problemas;

3) Existem também nevus congênitos de maiores dimensões (acima de 20 cm), que acometem um em 20 mil bebês. Chamados de nevus congênitos gigantes, têm uma probabilidade de 4,5% a 10% de se transformarem em um tumor maligno (melanoma maligno). Independente do tamanho da pinta que é observada pela mãe, é fundamental procurar um especialista para avaliação. Por meio da análise clínica detalhada, o médico indica se a pinta deve ser retirada ou apenas acompanhada;

4) As pintas adquiridas podem surgir nos dois primeiros anos de vida em 2% a 6% das pessoas. Mas a maior parte das lesões aparece entre o fim da infância, adolescência e início da fase adulta;

5) O número de pintas pode variar conforme as características genéticas, a tonalidade da pele e a exposição ao sol. Aqueles com histórico pessoal ou familiar de grande número de pintas (mais de 80), casos de câncer de pele na família e exposição excessiva ao sol devem procurar auxílio médico;

6) Os sinais mais comuns de maior possibilidade de transformação da pinta em câncer de pele são alterações de coloração (variações de tonalidade de marrom, preto, vermelho ou azul), de tamanho (aumento súbito ou contínuo), de forma (presença de bordas irregulares) e de superfície (áreas de elevação súbita ou feridas, além de coceira e dor);

7) As formas de prevenção de câncer de pele são uso de protetor solar com reaplicações frequentes (a cada duas horas e quando sair da água) e evitar horários de maior intensidade de luz ultravioleta (entre 10h e 15h). Quem tem pele clara e se queima com facilidade deve ter mais atenção;

8) Pacientes com manchas ou pintas na pele podem procurar um dermatologista ou um cirurgião plástico especializado. A retirada delas (se necessária) pode ser realizada por qualquer um dos dois profissionais ou por um cirurgião geral;

9) O cirurgião plástico atua principalmente na eliminação de pintas maiores ou em áreas de grande exposição, como face, mãos e membros;

10) Quando uma pinta evolui para um câncer, o tratamento envolve sua retirada com uma margem de segurança (de 1 a 2 cm). Isso pode gerar uma cicatriz desagradável ou mesmo impossibilitar a cicatrização normal da pele. Por meio de técnicas de reconstrução, o cirurgião plástico está habilitado a reparar a área da retirada do tumor com o restabelecimento da forma e da função local. [ Terra Saúde ]

Meditação pode reduzir a ansiedade e aumentar o bem estar de estudantes

A meditação conhecida como mindfulness - marcada pela concentração no momento atual, sem julgamentos - parece aumentar o bem estar dos adolescentes, segundo recente estudo da Universidade de Cambridge, na Inglaterra. Avaliando 155 garotos de 14 e 15 anos, os pesquisadores notaram que um programa com aulas semanais de 40 minutos de meditação e mais oito minutos diários de exercícios de concentração e redução de estresse pode trazer benefícios significativos para os jovens.

Na pesquisa, os jovens que foram treinados em meditação mindfulness apresentaram aumento nas medidas de bem estar - uma combinação de “bom funcionamento” e sensação boa - proporcional ao tempo gasto com a prática. E os adolescentes com maiores níveis de ansiedade apresentaram os maiores benefícios com a meditação.

“Cada vez mais, estamos percebendo a importância de apoiar a saúde mental global das crianças”, destacou a pesquisadora Felicia Huppert, em artigo recentemente publicado no Journal of Positive Psychology “Muitos estudantes aproveitam genuinamente os exercícios e dizem que pretendem continuá-los - um bom sinal de que muitas crianças seriam receptivas a esse tipo de intervenção”, concluiu a especialista. [ Blog Boa Saúde ]

O quanto é comum enganar os outros?

Esconder as nossas verdadeiras intenções e mentir é um comportamento muito mais corriqueiro do que imaginamos. Da mesma forma, existem mecanismos de autoengano que filtram, distorcem e escondem informações, privando a mente consciente de acesso aos fatos.

A psicanálise descreveu alguns destes mecanismos, mas explicou seu funcionamento com a teoria do inconsciente dinâmico. Investigaremos agora os mecanismos da mentira e do autoengano com uma visão mais ampla, baseada na teoria de evolução e nas neurociências.

O filósofo e psicólogo evolucionista David L. Smith publicou em 2004 o livro Why we lie: The evolutionary roots of deception and the unconscious mind (publicado no Brasil pela Elsevier em 2006 com o título Por que mentimos: Raízes evolutivas do Engodo e a Mente Inconsciente) em que argumenta que tanto a mentira como o autoengano (a mentira para si mesmo) estão profundamente arraigados na mente humana.

Smith define a mentira ou engodo como “qualquer forma de comportamento cuja função seja fornecer aos outros informações falsas ou privá-los de informações verdadeiras”, tendo o cuidado de usar o termo função e não intenção, uma vez que a função foi evolutivamente selecionada, ajustando o comportamento sem necessariamente recorrer à consciência. Ou seja, mentir pode ser ato consciente ou inconsciente, verbal ou não verbal, declarado ou omitido.

Nesta linha de investigação, o psicólogo Gerald Jellison conduziu um estudo em que gravou as conversas diárias de um grupo de sujeitos submetidos a um experimento. Analisando cuidadosamente as fitas, o pesquisador descobriu que a mentira é muito mais comum do que se imagina – os participantes mentiam pelo menos uma vez a cada oito minutos.

A maioria das mentiras não era grave, mas sim desculpas para comportamentos socialmente censurados, e os sujeitos que mais mentiram foram aqueles que têm maior número de contatos sociais, como advogados, jornalistas e psicólogos.

Um exemplo de mentira detectado nesta pesquisa é justificar um atraso por ter enfrentado um forte engarrafamento no trânsito, muito embora o sujeito não tenha, na realidade, se empenhado para ser pontual. [ O Que Eu Tenho ? ]