quinta-feira, 24 de junho de 2010

Já ouviu falar em ATM?

Já ouviu falar em DTM? Essa sigla, que tende a se tornar cada vez mais popular, remete a uma desordem na articulação ou nos músculos que permitem abrir e fechar a boca. Agora, uma seleção de exames e novos tratamentos prometem silenciá-la mais cedo

Existem problemas de saúde que andam cercados de mistérios e mal-entendidos. A começar pelo nome. Há pessoas por aí que sofrem com dores nos maxilares e atribuem a desdita a uma doença chamada ATM. Vamos desfazer a primeira confusão. Essa sigla, ou melhor, a articulação temporomandibular a que ela faz referência, todo mundo tem. Se ela ou os músculos que a circundam estão em crise, aí, sim, há o que se chama de disfunção temporomandibular, a DTM.

Há mais de um tipo de DTM por trás de dores, dificuldades para mastigar ou falar, além de ruídos ou estalos ao abrir e fechar a boca. Um estudo liderado pela dentista Daniela Godói Gonçalves, da Universidade Estadual Paulista, em Araraquara, no interior de São Paulo, aponta que até 40% da população se queixa de um sintoma que remeta à sigla dolorosa. “Ela afeta principalmente quem tem entre 20 e 40 anos e duas vezes mais as mulheres”, observa Daniela. “Em quase 70% dos casos o problema nem está na articulação em si, mas na musculatura ligada a ela”, estima o dentista Antonio Sérgio Guimarães, da Universidade Federal de São Paulo.

O transtorno não apresenta causa específica, mas se acredita que, somados a uma propensão a ele, fatores como o estresse do dia a dia acionam a engrenagem da dor. Por essas e outras, flagrar a DTM e sua origem nem sempre é tarefa fácil. Para tornar o diagnóstico mais certeiro, uma saída é congregar exames, como demonstra um trabalho recente da fonoaudióloga Cláudia Ferreira, da Universidade de São Paulo, em Ribeirão Preto, no interior do estado. “Juntamos um questionário preenchido pelo paciente a uma avaliação das funções dos músculos da mandíbula e uma técnica chamada eletromiografia”, conta Cláudia. É a combinação de tudo isso que garante uma boa investigação.

O questionário revela o grau dos sintomas e o momento em que eles eclodem. “Já no que chamamos de avaliação miofuncional, pedimos para o paciente mastigar uma bolacha para analisar o trabalho da musculatura local”, exemplifica. A eletromiografia, por sua vez, se vale de eletrodos colados à têmpora e às bochechas para checar as contrações musculares. “Com esses dados conseguimos não só detectar o problema mas também monitorar melhor a resposta ao tratamento”, avalia Cláudia.

As disfunções da mandíbula costumam trazer dor de cabeça. No sentido figurado: não é raro perambular entre médicos e dentistas atrás do motivo das aflições. E no sentido literal. “A DTM pode causar dores de cabeça secundárias ou agravar enxaquecas já existentes”, acusa Daniela. Não à toa, há quem se entupa de analgésicos, negligenciando, sem querer, o foco do desconforto. Embora o adulto seja seu alvo, a DTM também é capaz de atormentar crianças e adolescentes. Os estudos a respeito são divergentes, até porque, nessa fase da vida, os sinais do problema são mais leves e difíceis de ser detectados. “Relatos mostram que os sintomas da disfunção são raros na época dos dentes de leite, enquanto outros indicam uma prevalência de 16%. De qualquer maneira, o número aumenta na adolescência”, pontua a dentista Maria Beatriz Gavião, da Faculdade de Odontologia de Piracicaba, no interior paulista.

CALA-TE, DOR
Apesar de complexa e rodeada de confusões, a DTM pode ser contra-atacada. Muitas vezes o tratamento exige não apenas o dentista, mas fonoaudiólogos, fisioterapeutas... Para nossa sorte, as armas que enfrentam o transtorno estão cada vez mais afiadas. Se o ultrassom já rendia bons resultados, o raio laser de baixa potência, ainda novo nessa área, não decepciona. O aval para as duas tecnologias vem de uma pesquisa recém-concluída na USP de Ribeirão Preto pela dentista Thaíse Carrasco.

“O ultrassom promove um calor profundo na região, estimulando a dilatação dos vasos e diminuindo a inflamação local”, explica Thaíse. “O laser também surte efeito anti-inflamatório e incentiva a liberação de substâncias que aliviam a dor”, completa. No trabalho com 30 voluntários, a especialista provou que as técnicas empatam em termos de eficiência. “Elas são, contudo, terapias de apoio, ou seja, não dispensam atacar as causas do problema”, lembra.

Em muitos casos, só uma investigação minuciosa aliada a mudanças comportamentais desarticula a DTM. “É preciso saber se o paciente range os dentes à noite ou os aperta durante o dia por causa da tensão”, exemplifica o dentista André Felipe Abrão, do Centro de Estudos, Treinamento e Aperfeiçoamento em Odontologia, na capital paulista. Só assim dá para traçar um plano de ação contra o suplício. A participação do paciente, aliás, é essencial. “Ele precisa aprender o que é ruim para a sua condição e corrigir os erros”, diz Guimarães. Nessas horas, fugir do estresse, que repercute na musculatura da ATM, já é mais do que um bom começo. Saúde é Vital

"Sexsomnia": quando o desejo de fazer sexo aparece quando você está dormindo

Se você é casado ou já namorou, pode já ter feito sexo “dormindo”. Costumamos chamar assim aquela rapidinha de manhã cedo ou no meio da noite, quando você queria realmente estar sonhando e ainda não despertou totalmente. Mas uma doença identificada há mais de 5 anos, mas ainda pouco conhecida e estudada é a "sexsomnia".

Este é um distúrbio do sono que faz a pessoa sentir desejo de fazer sexo enquanto está dormindo. Ainda são poucos os casos descritos na literatura, mas já há tratamento que regulariza o sono e elimina as consequências indesejadas, já que muitas pessoas acabam atacando sexualmente o parceiro à noite.

“A pessoa não sabe o que faz, ela está dormindo. É uma atividade automática do sistema nervoso e não significa que ela não tenha sexo durante o dia. Geralmente ela é expressada com masturbação e orgasmo durante o sono”, conta o psiquiatra Carlos Schenck, pesquisador em medicina do sono do Centro Regional de Distúrbios do Sono de Minnesota, EUA.

Ele, que é um dos maiores especialistas em sexsomnia, atende hoje 7 pacientes com a doença, mas em seu site (http://www.sleepsex.org/) mais de 200 pessoas já relataram suas experiências. Revisando 31 estudos em 2007, ele descobriu que em 40% dos casos o distúrbio é acompanhado de violência e agressão. Em alguns casos há locomoção e em raras vezes as pessoas relataram que estavam sonhando durante o ato sexual enquanto dormiam.

Não confunda "sexsomnia" com ereção noturna, bastante comum pelas alteações hormonais no homem durante o sono. Na doença, é preciso que a pessoa aja para conseguir o prazer o sexual seja sozinho ou com o parceiro.

O transtorno é mais relatado em homens (80,6%), mas Schenck acredita que isto deve-se a maior queixa por parte das esposas. “É preciso que alguém se queixe para que haja tratamento, para que a pessoa saiba o que faz durante o sono. Muitos casamentos acabam porque o marido força as mulheres a terem relações sexuais dormindo”. Como o lobo frontal está fechado durante o ato, não há memória, nem juízo de valor.

E como saber se a pessoa está dormindo? O jeito mais fácil é se ela estiver de olhos fechados, mas também ocorrem casos que a pessoa ronca, mas continua com o ato. Às vezes, também, o parceiro apresenta comportamentos dormindo que não tem acordado como falar coisas mais picantes ou fazer posições incomuns. Na dúvida, certifique-se que o outro está acordado.

Causas
A sexsomnia vem quase sempre acompanhada por outra disfunção do sono, e a apneia é uma das mais comuns. “Como a apneia do sono faz a pessoa ter microdespertares durante a noite, e a "sexomnia" acontece geralmente quando a pessoa está acordando, este pode ser um importante fator para determinar o surgimento da doença”, aponta Geraldo Rizzo, diretor do Laboratório de Sono dos Hospitais Moinhos de Vento e Mãe de Deus, em Porto Alegre.

Segundo pesquisa de Sérgio Tufik, coordenador do Instituto do Sono da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo ), 32% da população de São Paulo tem apneia. Assim, mais de um terço das pessoas do Estado teriam predisposição para desenvolver a doença. “Talvez uma das saídas seja combater a apneia para também inibir a "sexsomnia". Combater dois distúrbios de uma só vez”, especula o psiquiatra. E uma das maneiras é reduzir a obesidade, uma das causas da apneia.

Outros distúrbios do sono são a insônia e as parassonias, quando a pessoa não percebe mas pode ser sonâmbula, falar dormindo ou ter a síndrome das pernas inquietas.

Pessoas que passaram por abusos na infância também são frequentes entres os "sexsomnios" e retomam sentimentos ruins durante os acessos noturnos que podem durar minutos ou horas.

A notícia boa é que tratamento com antidepressivos comuns acaba com os sintomas de 1 a 3 meses. Uol Saúde

Neurocientistas explicam como o cérebro se comporta quando estamos apaixonados

Na busca pelo prazer, nosso cérebro ativa o sistema de recompensa assim que vislumbra algo que possa trazer bem-estar imediato. Isso ocorre ao vermos um chocolate quando estamos com fome, ou a pessoa amada quando ela está diante de nós. A ativação dessa área cerebral pode ser até visualizada em exames de imagem, segundo pesquisadores.

As drogas, descobriu-se depois, também ativam esta mesma área de recompensa, assim como outras formas de dependência e até o altruísmo. Em outras palavras, apaixonar-se é como um vício: quanto mais você tem, mais você quer.

Uma pesquisa de 2005 realizada na Universidade de Nova York mostrou como o cérebro se comporta durante a paixão. O primeiro passo foi delimitar quem estava apaixonado e um grupo de controle. Primeiro, as mulheres responderam, em uma escala de 0 a 10, o quanto eram apaixonadas. A média foi de 8,3.

O grupo de controle era formado por mulheres que apreciavam o companheirismo, a amizade, a confiança e o respeito na relação, mas não sentiam "borboletas no estômago" ao ver o parceiro. Elas pensavam no outro em menos de 85% do tempo, além de apresentar menos alegria e desejo sexual. A média desse grupo foi de 6,3 na escala de intensidade.

Foi aplicado a elas, também, um teste, conhecido como PSL (Passionate Love Scale, ou escala do amor apaixonado, em tradução livre), para validar o grau de paixão declarado.

“Nas mulheres apaixonadas, ao se ver o resultado das imagens dos cérebros, pôde-se perceber grande ativação do sistema de recompensa quando elas viam o homem”, conta o neurologista André Palmini, professor da Faculdade de Medicina e Serviço de Neurologia da PUCRS (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul).

Paixão cega
A área do cérebro ligada à recompensa ativa a sensação de bem-estar e está ligada ao efeito da dopamina, um neurotransmissor. Ela está localizado na região subcortical do órgão, que guarda os circuitos cerebrais mais primitivos do homem, segundo o neurologista.

Ao mesmo tempo em que essa área é ativada, outras duas são desativadas, de acordo com as imagens. Uma delas é o córtex frontal, responsável pelo juízo crítico. “Está ai, provavelmente, a explicação para a célebre frase: o amor é cego. Nas imagens pode-se notar a desativação do córtex frontal na mulher apaixonada”, explica. Nessa fase, tudo o que o outro faz parece menos errado.

Dor da traição
Outra área do cérebro desativada quando estamos apaixonadas é a amígdala, uma região que processa emoções e identifica ameaças. “A amígdala é nosso radar, é o que nos deixa alerta para qualquer imprevisto. A paixão inibe este alerta. Talvez seja por isso que a traição dói tanto, porque não estamos esperando ameaça daquela pessoa, biologicamente estamos com a guarda baixa”, especula Palmini.

As imagens mostram ainda que a tristeza pela perda de um amor é a mesma ativada quando sentimos uma dor física.

É amor?
E quando começa o amor? “O amor é quando o cérebro sai do sistema de recompensa”, conta o neurologista. As áreas mais ativas passam para a região cortical, com as emoções mais humanas.

“O amor é a empatia pelo outro, a sintonia de desejos e aspirações”. Quando conseguimos chegar nessa integração, após a fase de ação do sistema de recompensa, é sinal de que o amor está no comado. Assim, se você não sente mais friozinho na barriga quando você vê seu namorado, mas já pensam de maneira similar, a ciência diz que é amor. Uol Saúde

Existe relação entre estresse e infertilidade?

Estresse é uma palavra vastamente usada nos dias de hoje para determinar desde uma reação a situações incômodas ou de risco, até o completo esgotamento emocional.

A relação entre estresse e infertilidade ainda carece de muitos estudos, já que nada do que se sabe até agora oferece provas conclusivas. Ainda assim, a controvérsia é vencida pela prática diária, quando casais que têm seus níveis de ansiedade controlados passam a responder ao tratamento de fertilização in vitro com mais sucesso.

Prováveis causas

A ciência ainda busca elementos que comprovem (ou não) que o estresse pode causar infertilidade. Entre as prováveis causas da infertilidade *psicogênica, encontramos ansiedade inconsciente sobre a sexualidade, sentimentos ambivalentes quanto à maternidade, complexos de Édipo mal resolvidos (relação com a mãe), ou ainda conflitos relacionados à identidade sexual.

Pesquisadores modernos, que se empenham na investigação psicológica em complemento aos avanços da endocrinologia reprodutiva, revelam que quase não há evidências relacionando fatores ligados à personalidade com infertilidade. Por ora, não se justifica que a ansiedade seja encarada como mais uma sensação de ‘culpa’ para os cônjuges.

Efeitos do estresse na mulher e no homem

Do ponto de vista biológico, a história é outra. Como o hipotálamo regula tanto a resposta ao estresse, como a resposta sexual, os impactos são mais evidentes. Estresse em excesso pode levar à completa supressão do ciclo menstrual. Em casos menos graves, a glândula pituitária produz uma quantidade maior do hormônio prolactina, podendo desregular a menstruação.

No homem, o estresse leva à redução da quantidade de esperma e de volume do sêmen. O excesso de ansiedade muitas vezes pode resultar em falta de libido e de ereção. No auge do estresse, a pessoa também pode vir a sentir palpitações, dores musculares, sensação de falta de ar, tontura, suor excessivo, extremidades frias e fadiga intensa, o que acaba provocando momentos de crise conjugal entre os companheiros.

Nos Estados Unidos, calcula-se que 18 milhões de homens sofram de disfunção erétil. Na América Latina, esse número cai para 10 milhões. Ainda assim, o aumento de casos clínicos preocupa a classe médica.

Muitos pesquisadores se detêm no estresse gerado durante os tratamentos de fertilização in vitro. Há estudos revelando inclusive que os níveis de ansiedade e angústia pelos quais a mulher passa durante o tratamento são comparáveis aos de quem enfrenta doenças graves como o câncer.

Controle de ansiedade em relação à tentativa de engravidar

Para controlar esses níveis de ansiedade a cada tentativa de engravidar, a acupuntura tem socorrido os casais, especialmente as mulheres, com sucesso. No Brasil, a terapia de origem chinesa vem sendo empregada com sucesso há pelo menos três anos em algumas clínicas de reprodução assistida.

Os resultados têm sido animadores. A acupuntura eleva o fluxo de sangue no útero, aumentando a espessura endometrial e melhorando a receptividade aos embriões. Além disso, pela liberação das endorfinas no sistema nervoso central, diminui o estresse emocional e a ansiedade, regulando os hormônios femininos. Se a terapia não é capaz de pôr fim ao estresse, pelo menos tem sido muito útil no controle das emoções.

Outros recursos importantes são a psicoterapia e os grupos de apoio. Hoje, sabemos que muito do estado físico de uma pessoa passa por considerações da dimensão psicológica e emocional. Cada vez está mais evidente a natureza psicossomática da existência humana. Muitas são as doenças, quer se manifestam no corpo ou na mente, que resultam de desequilíbrios existenciais e de soluções inadequadas de vida.

Se na psicoterapia você conta com a ajuda de um profissional habilitado para ajudar a identificar e superar padrões de pensamentos negativos, os grupos de apoio oferecem um suporte emocional de pessoas que estão passando ou já passaram pelos mesmos problemas. Os dois recursos, assim como a acupuntura, têm efeitos benéficos durante os tratamentos de infertilidade e devem ser considerados em conjunto com os tratamentos clínicos.

Psicogênico: relativo a ou próprio de fenômenos somáticos com origem psíquica - Fonte: Dicionário Houaiss

Fonte: Dra. Silvana Chedid: médica ginecologista e chefe do setor de Reprodução Humana do Hospital Beneficência Portuguesa (SP)

terça-feira, 22 de junho de 2010

O que realmente faz mal — e o que é mito sobre a sua saúde

Quando se fala em saúde, inúmeras histórias surgem para tentar explicar certas doenças ou irritações ao corpo. É aí que surgem os mitos em relação a autobronzeadores, absorventes... NOVA desvenda esses mitos e ajuda você a saber com o que realmente deve se preocupar e o que deve esquecer, pois é pura balela. Confira!

1. A longo prazo, autobronzeador faz mal à pele
É LENDA: Eles não oferecem perigo, exceto nos casos de alergia específica ao produto, segundo a dermatologista Jane Tomimori, professora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Mas é bom ficar atenta, pois o falso bronzeado pode mascarar a vermelhidão no caso de você ficar tempo demais sob o sol. Aí, sim, será problema, uma vez que sua pele sofrerá os efeitos negativos dos raios ultravioleta (como o envelhecimento precoce).

2. Falar muito ao telefone celular pode causar tumor cerebral
É LENDA: Segundo o médico Ian Olver, presidente do Cancer Council, na Austrália, ainda não há comprovação de que o uso do aparelho por mais de dez anos pode levar à doença no cérebro. Para reforçar a informação, um estudo recente realizado nos Estados Unidos com milhares de pacientes que sofrem de câncer não detectou relação direta dos tumores com o uso do celular. Mas NOVA adverte: exagerar nas conversas causa um grande estrago na sua conta bancária

3. Andar descalça no vestiário da academia é pedir para ter micose
VERDADE: Se você tem preguiça de calçar o chinelinho para tomar uma ducha, precisa rever seus conceitos. O chão do vestiário é a meca dos micróbios: por ser quente e úmido, torna-se o ambiente perfeito para a multiplicação de germes e fungos. O resultado são micoses, micoses, micoses. E não pense que os pés são os únicos que correm risco. O dermatologista Rodrigo Azevedo Brunnquell, membro da Sociedade Brasileira de Medicina Estética, recomenda que você evite sentar nos bancos sem roupa ou sem toalha. "Assim, protege a região genital e a virilha também."

4. Fazer as unhas na manicure facilita pegar hepatite
DEPENDE: "É perigoso se os materiais não são esterilizados adequadamente", afirma o dr. Brunnquell. Eles precisam ficar mais de duas horas a uma temperatura de 160 graus, em uma estufa ou autoclave, para destruir os vírus do HIV e da hepatite. Não por acaso, pesquisa recente mostrou que uma em cada dez manicures de São Paulo tem hepatite do tipo B ou C, ambas transmitidas pelo contato sanguíneo. O perigo maior ocorre na hora de remover a cutícula, por causa de possíveis microssangramentos. E tem mais: bactérias e fungos também podem ficar escondidos em lixas e alicates. Resultado: micose da unha ou perionixite — inflamação da pele ao redor da unha. Para evitar essas doenças, melhor levar seu próprio kit mais o esmalte.

5. Garrafa de água pode dar câncer
É LENDA: Embalagens plásticas para bebidas e latas para alimentos contêm bisfenol A (BPA), substância usada para evitar que eles fiquem com gosto de plástico ou metálico. A polêmica começou porque pesquisadores relacionaram o BPA com o desenvolvimento de lesões pré-cancerígenas em animais de laboratório. No entanto, as doses administradas durante os estudos foram altíssimas. Nada comparado ao que as pessoas consomem, segundo Ian Olver. Além disso, não há garantia de que os seres humanos teriam a mesma reação.

6. Segurar o xixi pode causar infecções
VERDADE: "Isso porque a urina frequentemente promove a eliminação de bactérias que podem estar se multiplicando", explica o ginecologista Marco Antônio Lenci, do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. E, como a uretra da mulher é curta e fica perto da vagina e do ânus, a contaminação e a proliferação de bactérias dentro dela e da bexiga fica mais fácil de acontecer. Falando nisso.... já foi ao banheiro?

7. Melhor pôr logo um absorvente interno para fluxo intenso, que protege por mais tempo
É LENDA: O uso prolongado de um absorvente interno aumenta o risco de você desenvolver a síndrome do choque tóxico, doença infecciosa, rara e grave. "Ela é um conjunto de sintomas causados pela presença e absorção de toxinas produzidas por uma bactéria", explica o dr. Lenci. O certo é trocá-lo a cada quatro horas. E, para dormir, não invente: absorvente tradicional.

8. Refrigerante estraga os dentes
VERDADE: O pH de refrigerantes e isotônicos, em geral, é ácido. Em excesso, podem provocar o envelhecimento dentário por meio da erosão. Ou seja, da dissolução gradual do esmalte. "Além de gerar sensibilidade, isso facilita fraturas, já que o dente fica mais fino e sem proteção", explica o cirurgião-dentista Lauro Delgado Júnior, de São Paulo. E não adianta trocar o refri pelo suco pronto (inclusive os de caixinha), porque ele causa o mesmo dano.

9. Anti-inflamatório é melhor que analgésico para cólica menstrual
VERDADE: Esse tipo de medicamento reduz a produção e a liberação de várias substâncias, como as prostaglandinas. Elas são responsáveis pela contração uterina, que leva à cólica. "É interessante começar a tomar o anti-inflamatório um ou dois dias antes da menstruação e seguir até o fim", ensina o dr. Lenci.

Maçã substitui a escovação
É LENDA: Mastigar a fruta, assim como cenoura e chiclete sem açúcar, ajuda a adiar a escovação. O atrito com alimentos mais duros remove superficialmente os resíduos. Já o chiclete, embora não limpe entre os dentes, ajuda na higiene de forma geral. Por isso, assim que tiver oportunidade, jogue o chiclete fora e escove bem os dentes.

Lara Lins Nova

Chás e sorvete para emagrecer

O tempo esfria, sua fome aumenta e o ponteiro da balança sobe? Para essa equação fechar sem você ganhar nem um quilo a mais, mergulhe de xícara e pires nestes chás. Tem o de folha de oliveira, o oolong e o amarelo. Mora em um lugar quente mas também está louca para eliminar gordurinhas? Descobrimos um sorvete enxuga-barriga que refresca e queima calorias. A seguir, as últimas palavras em matéria de emagrecimento e saúde.

Chá de folha de oliveira
Talvez a azeitona não seja presença comum nas dietas para emagrecer. Mas seu chá ganhou espaço no armário de quem quer ficar em forma. Em comparação ao verde, por exemplo, é mais rico em potássio e magnésio, fósforo e zinco, tornando-o um antioxidante poderoso.

Superpoderes: “Já se sabe que o chá da folha de oliveira é diurético, reduz o colesterol e a glicose no sangue”, diz o médico e fitoterapeuta Alex Botsaris, autor do livro Fórmulas Mágicas (Nova Era). Uma pesquisa realizada em 2008 por cientistas alemães e suíços comprovou que o consumo diário de mil miligramas do extrato da folha de oliveira (de 2 a 5 xícaras do chá, dependendo do processo de extração) combate a hipertensão. A bebida também tem propriedades antibacterianas e anti-inflamatórias, ajudando no combate à celulite!

Quantidade indicada
Até 1 litro de chá (com 2 a 3 colheres de sopa da erva) por dia, no horário que preferir. Pode ser gelado, como se fosse um suco. É contraindicado para gestantes e mulheres que estejam amamentando.

Chá oolong

Assim como o chá verde, o vermelho e o branco, já bastante conhecidos no Brasil, esse tipo também deriva da Camellia sinensis, planta reconhecida pela ciência e usada como arma na luta contra a obesidade há muito tempo. A diferença entre eles está no processo de fermentação. O oolong é semifermentado, um intermediário entre o verde e o preto. Isso faz com que ele seja mais rico em flavonoides do que os outros, tornando-se poderosíssimo antioxidante e protegendo como ninguém suas células contra o envelhecimento precoce.

Superpoderes: Como os outros chás originados dessa planta, o oolong ajuda no emagrecimento por dois motivos principais: “Primeiro, porque estimula a quebra de gorduras”, diz o médico Alex Botsaris. Outra razão é a presença de polifenóis, substâncias que inibem as enzimas que sintetizam as gorduras. Segundo a nutricionista Elaine Rocha de Pádua, da DNA Nutri, um estudo americano mostrou que o chá tem ação termogênica, podendo acelerar o metabolismo entre 5 e 10%.

Quantidade indicada
Duas a 3 xícaras por dia, pelo menos uma hora antes ou depois das refeições. “Alguns tipos de chá podem interferir na absorção de ferro e cálcio”, diz Elaine. A deficiência do primeiro pode causar anemia. A do segundo está relacionada ao acúmulo de gordura corporal. “Quem sofre de insônia deve restringir o consumo após as 16 horas”, acrescenta Botsaris. Isso porque a erva tem muita cafeína. É contraindicado para gestantes e mulheres que estejam amamentando.

Sorvete à base de chá

Ele costuma ser um dos primeiros itens a serem cortados do cardápio quando o assunto é perder peso. Mas isso foi no passado. Acaba de chegar à farmácia um produto que promete mudar esse hábito. O sorvete emagrecedor foi inspirado em uma marca italiana de iogurte. É feito à base de três tipos de chá que têm origem na Camellia sinensis: o branco, o verde e o vermelho. Um estudo alemão publicado no jornal Nutrition and Metabolism, por exemplo, mostrou que o chá branco inibe o aparecimento de novas células de gordura e estimula a quebra de outras já existentes. Já o verde acelera o metabolismo e ajuda a queimar calorias. O vermelho é famoso por reduzir o colesterol ruim. Você escolhe o sabor: amora, coco, baunilha, chocolate... É acrescentar água ou leite desnatado, deixar no congelador e tomar até 6 colheres (sopa) por dia.

Chá em erva, pó ou pílula?
“As cápsulas, em geral, têm o extrato concentrado, o que torna o efeito mais eficaz”, diz a nutricionista Ana Paula de Souza, da Clínica de Nutrição Santé, no Paraná. E também são práticas. Por outro lado, optando pelos comprimidos, você deixa de degustar a bebida, o que aumenta a sensação de saciedade. “No entanto, convém buscar a orientação de um especialista”, diz Botsaris. Assim, descobrirá qual o melhor chá para o seu caso.


NOVA
Malu Echeverria

segunda-feira, 21 de junho de 2010

domingo, 20 de junho de 2010

Não deixe a asma atrapalhar seu filho

Elas correm, gritam, sobem e descem escadas, agitando a casa toda quando estão de férias. A cena é típica em qualquer lar com crianças. A rotina agitada, no entanto, não costuma fazer parte da vida dos pequenos que sofrem com a asma. Normalmente, a preocupação excessiva dos pais com o desencadeamento das crises asmáticas acaba limitando a diversão.

Segundo o presidente da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia, José Eduardo Cansado, as crianças com asma não precisam ser banidas de nenhum tipo de brincadeira ou esporte, basta seguir o tratamento adequado. (Incentive seu filho a sair de baixo da sua saia).Ele explica que a asma é uma inflamação crônica dos brônquios, os tubos que levam ar aos pulmões. Os sintomas comuns da doença são tosse, chiado no peito e falta de ar. O tratamento deve ser feito na causa do problema e não baseado apenas nos sintomas , alerta o especialista.

Para tratar a inflamação, José Eduardo diz que é preciso lançar mão de antiinflamatórios. O uso de antiinflamatórios deve ser feito diariamente e a longo prazo, de seis meses a um ano, para controlar a sensibilidade das vias aéreas , ressalta. Paralelamente ao tratamento da inflamação dos brônquios, o médico lembra que os medicamentos bronquiodilatadores entram em ação, servindo para aliviar os sintomas.

Ainda de acordo com o médico, é importante frisar que os dois remédios são inaláveis e podem ser encontrados até mesmo juntos, na mesma bombinha. As famosas bombinhas são o melhor jeito de levar o remédio até os pulmões. Mas é preciso saber que cada tipo de medicamento é usado com um objetivo: um para controlar a inflamação e outro para aplacar os sintomas , lembra mais uma vez.

Além do tratamento adequado, os pais devem ficar atentos ao controle ambiental. Ou seja, certificar-se que fatores desencadeantes da alergia não rondem o dia-a-dia da criança. Procure não ter cortinas em casa, mantenha ursinhos de pelúcia dentro

de sacos plásticos, revista o colchão e o travesseiro com capas antialérgicas, coloque tudo no sol uma vez por semana, veja se o quarto é arejado e não tem umidade e não exagere em produtos químicos na hora da limpeza. Eles também podem provocar a inflamação , lista José Eduardo. As medidas garantem que os ácaros não se acumulem e provoquem as crises.

A estação quente é favorável à diversão

Seguindo o tratamento adequado e as recomendações médicas, as crianças com asma podem aproveitar a estação quente sem nenhuma restrição. José Eduardo lembra, inclusive, que o verão costuma ser uma estação agradável para os asmáticos. O aumento das crises é notado no inverno, devido ao ar seco e frio que entra pelas vias , esclarece.

É um erro privar crianças com asma de tomar sorvete, por exemplo. Os alimentos gelados em nada influenciam na inflamação dos brônquios , garante o especialista da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia. Mais um erro apontado pelo médico é a supervalorização da natação para quem sofre de asma. A natação é um excelente esporte, mas não é verdade que ela aumenta a capacidade dos pulmões . (Histórias infantis revelam os medos e os desejos das crianças).

Ele aconselha, no entanto, que as crianças pratiquem algum tipo de atividade física. Não existe nenhuma restrição, basta a criança escolher a que mais gosta. Os esportes são coadjuvantes do tratamento contra asma , completa. A recomendação é feita porque os exercícios melhoram a condição muscular e o condicionamento físico de uma forma geral. Com os músculos fortalecidos, a criança gasta menos energia para brincar. Logo, se cansa menos , explica José Eduardo. (Mesada dá lição de controle para os filhos).

Diferenciar o cansaço físico da falta de ar característica da crise de asma é importante também. Muitas vezes, a própria criança se confunde, temendo que a asma ataque. Vale frisar que se o tratamento estiver sendo seguido da forma correta, dá para seguir esportes até profissionalmente , incentiva o especialista. Minha Vida

Vuvuzelas podem causar danos à audição e traqueia

Hit atual da Copa do Mundo de 2010, as vuvuzelas, famosas cornetas sul-africanas tocadas freneticamente em todos os jogos da competição, podem causar sérios danos à audição e até mesmo podem lesionar partes da traqueia humana.

Pais e filhos precisam estar atentos ao uso do instrumento. Segundo um estudo realizado recentemente por pesquisadores do Departamento de Patologia da Comunicação da Universidade de Pretória (África do Sul), as vuvuzelas podem causar sérios danos aos ouvidos ou até a perda permanente da audição.

“O som que o instrumento emite é muito alto e, quando o volume atinge ou passa de 80 decibéis, o torcedor já corre o risco de ter problemas na audição, por isso, é muito importante que as pessoas fiquem atentas a qualquer variação na sensibilidade auditiva. A sensação de zumbido contínuo no ouvido, por exemplo, é um dos sinais de perda da audição, que é um problema irreversível”, explica Maria do Carmo Branco, fonoaudióloga do Grupo Microsom, empresas de soluções auditivas brasileira.

O estudo foi realizado em um estádio de 30 mil lugares, durante o campeonato sul-africano. Antes de uma partida, 11 torcedores fizeram testes de audição. Depois, entraram no estádio usando um aparelho que pode medir a exposição ao som de cada pessoa e quatro dos voluntários receberam vuvuzelas para usar durante o jogo. Os equipamentos revelaram que a média de exposição ao som dos participantes foi de 100,5 decibéis, sendo que oito deles tiveram médias acima dos 140 decibéis. O mais lesionado ficou com 144,5 decibéis.

“Esse ruído é mais potente que o som emitido durante um tráfego de veículos (92 decibéis), por um helicóptero (97) e até por uma motosserra (100)”, diz a especialista. O nível de intensidade que o ouvido humano pode suportar, segundo a Associação Brasileira de Otorrinolaringologia, é de 90 decibéis. Já o limite tolerável estipulado pela Organização Mundial de Saúde é de 80 decibéis.

Durante a Copa do Mundo, o perigo aumenta, pois o público dos jogos chega até 90 mil pessoas, três vezes mais que o estádio usado no estudo, portanto, o barulho é ainda maior.

A perda ou redução da capacidade auditiva de um indivíduo pode ocasionar problemas de ordem social, psicológica, estresse, irritação e até perda de autoestima e problemas para dormir. “Qualquer redução na sensibilidade auditiva é considerada perda auditiva e a pessoa precisa consultar um otorrinolaringologista e um fonoaudiólogo para realizar uma avaliação mais detalhada”, diz Maria do Carmo.

TRAQUEIA
Uma jovem sul-africana, segundo o jornal britânico “Daily Mail”, arrebentou a traquéia ao soprar muito forte o instrumento esta semana. Yvonne Mayer, 29 anos, ficou sem conseguir falar ou comer durante dois dias depois do ocorrido, durante uma festa de rua em Cape Town.

Os médicos ficaram chocados com o diagnóstico de ruptura na garganta e ordenaram que ele ficasse em repouso absoluto até se curar. O bizarro acontecimento é o primeiro relato de acidentes na traqueia envolvendo vuvuzelas, desde que a Copa do Mundo começou, na semana passada. Pais e Filhos

Sabonete íntimo feminino ajuda a prevenir infecções

A variedade de sabonetes íntimos femininos (confira sugestões no link abaixo) é grande. Mas, afinal, esses produtos realmente trazem benefícios à saúde? De acordo com a ginecologista Rosa Maria Neme, diretora do Centro de Endometriose São Paulo, sim. Ajudam a prevenir infecções.

"A mulher corre mais risco de contrair infecção porque apresenta uma variação da imunidade ao longo do ciclo menstrual. Além disso, a vagina está muito próxima ao ânus, o que favorece a contaminação dessa região", disse. "Por isso, a higienização deve ser da vulva (região externa) e não da vagina e realizada com sabonetes íntimos que contém ácido lático que mantém o pH vaginal estável prevenindo infecções".

O pH da vagina é ácido (varia de 3,8 a 4,2), o que torna o ambiente ideal à sobrevivência dos bacilos de Doderlein, também conhecidos como lactobacilos, responsáveis pela defesa contra micro-organismos. No entanto, situações de estresse, baixa resistência do organismo, aproximação da menopausa e mudanças produzidas pelo desequilíbrio hormonal o afetam.

Se há uma queda brusca da imunidade com desequilíbrio da flora, a pessoa fica sujeita ao ataque de fungos como a Cândida, que provoca coceira intensa e corrimento, ou ainda à contaminação por bactérias que se proliferam melhor em pH mais alcalino. "Outras infecções, como a vaginose bacteriana, que causa mau cheiro perceptível, principalmente após relações sexuais, podem ser predispostas por essa alteração do pH".

A dica da médica para escolher um bom sabonete íntimo é verificar se contém ácido lático, que garante a manutenção do pH ácido vaginal. "Mulheres de todas as idades podem usar, porque não há contra-indicação. Inclusive, esse produto é bastante recomendado para as que estão na menopausa e grávidas".

O 1º Guia de Condutas Sobre Higiene Íntima Feminina, lançado pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) com o apoio da empresa Sanofi-Aventis, acrescenta que pessoas com alta sensibilidade ou antecedentes de quadros alérgicos devem seguir a orientação do ginecologista. Terra Saúde